Avaliação das condições operacionais da produção de oleína obtida a partir de tecido subcutâneo de peles bovinas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Priebe, Guilherme Pantaleão da Silva
Orientador(a): Gutterres, Mariliz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/13471
Resumo: O processamento de peles brutas visando a produção de couros é iniciado pela eliminação de materiais indesejáveis, que dificultam a execução do processo de curtimento ou que não devem estar presentes no couro acabado. A etapa de prédescarne visa a eliminação da hipoderme e caracteriza-se pela grande geração de resíduos sólidos, constituídos basicamente, por tecido subcutâneo e aparas, nos quais são observados conteúdos elevados de materiais graxos, minerais, proteínas e água. Tendo em vista o elevado valor potencial dos materiais graxos constituintes do resíduo de pré-descarne, foi elaborado um estudo do processo de aproveitamento destes subprodutos a partir de um estudo de caso, envolvendo um curtume e uma empresa produtora de oleína. A produção de oleína a partir dos constituintes do resíduo de pré-descarne é realizada através das operações unitárias de extração e posterior fracionamento do material graxo (sebo). A extração é realizada via processamento térmico, no qual ocorre a fusão e parcial emulsão dos constituintes em água. O fracionamento via seca (“winterização”), é realizado visando a separação dos compostos presentes na matéria-prima, em frações com características específicas para a sua utilização posterior. Uma de suas principais aplicações é a confecção de óleos engraxantes para couro, nos quais a presença de compostos saturados (estearinas) pode levar a sérios problemas conhecidos como eflorescências graxas. O método de trabalho parte do elenco de quatro itens: 1) caracterização das correntes de entrada e saída das etapas do processo estudado; 2) identificação dos pontos passíveis de melhoria; 3) trabalhos experimentais visando a determinação dos parâmetros mais adequados para as operações; 3) desenvolvimento de uma metodologia analítica específica para o monitoramento da qualidade dos produtos, por cromatografia. O resíduo foi caracterizado, e o conteúdo de matéria graxa obtido (31,83% em massa) revelou um alto potencial para reaproveitamento. O teor de gorduras no rejeito protéico (15,1% em massa), coletado após a etapa de extração, fornece um indicativo da eficiência do processo que atualmente é elevado, porém, a custo de uma elevada degradação do sebo. Foram realizados ensaios buscando quantificar o efeito dos fatores: presença de agitação, temperatura e tempo de extração, sobre a eficiência da operação e o índice de iodo dos sebos obtidos. Os resultados apontam para uma grande dependência do índice de acidez em função do tempo de processo, sendo que para a eficiência, o tempo e temperatura tem relação direta e positiva, ao contrário da agitação. O procedimento adotado na análise da composição dos óleos parte da determinação das frações mássicas dos ácidos graxos majoritários via cromatografia gasosa. A elaboração de um planejamento estatístico de experimentos, permitiu a observação de uma grande dependência das variáveis teor de saturados e índice de iodo frente à mudanças realizadas sobre os fatores. Tal influência mostra se positiva nos casos em que o processo é realizado sob agitação e com menores taxas de cristalização.