Gravidez na adolescência : como se configura no Brasil e em Portugal?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Dei Schirò, Eva Diniz Bensaja
Orientador(a): Koller, Silvia Helena
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/22980
Resumo: O presente estudo teve como objectivo investigar as características biosociodemográficas associadas à gravidez durante a adolescência. Para isso foram realizados dois estudos: um quantitativo (N = 452) e outro qualitativo (N = 8). No primeiro investigou-se a gravidez em adolescentes brasileiros de 10 cidades (n = 226) na relação com a escola, trabalho, família e amigos. Foram, também, investigados aspectos da vida sexual e da utilização de métodos contraceptivos. Essas mesmas variáveis foram analisadas num grupo de comparação sem a experiência de gravidez (n = 226), pareados pelas variáveis sexo, idade e cidade. Os resultados obtidos revelaram a ausência de diferenças significativas para a escolaridade e o trabalho (p>0,05). Contudo verificou-se que os adolescentes com experiência de gravidez tinham um maior número de reprovações e estudavam mais no turno da noite. As diferenças entre os grupos foram obtidas na utilização de contracepção, na relação com a família e amigos. O grupo com experiência de gravidez demonstrou ter uma menor utilização de métodos contraceptivos, em comparação ao outro grupo. Além disso, revelou um menor nível de apoio e confiança na sua família, assim como, revelou ter menos amigos. No segundo estudo foram investigadas qualitativamente as mesmas variáveis do Estudo I, em adolescentes grávidas no Brasil (n = 4) e em Portugal (n = 4). A gravidez surgiu em relações estáveis e foi descrita como um acontecimento importante, mesmo quando inesperado. Muitas das adolescentes entrevistadas já não frequentavam a escola e desenvolviam uma actividade de trabalho. O contexto social de desenvolvimento sobressaiu como um factor importante para a emergência da gravidez durante a adolescência. Face ao exposto considerou-se que os resultados qualitativos corroboraram aqueles que foram obtidos de forma quantitativa.