Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Abdala, Paulo Ricardo Zilio |
Orientador(a): |
Misoczky, Maria Ceci Araujo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/96862
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Resumo: |
O discurso oficial sustenta que o modelo de desenvolvimento brasileiro da última década baseia-se no binômio investimento em infraestrutura e expansão do mercado de massa (DWECK, CHAVES e CHERNAVSKY, 2013). Por sua vez, a ampliação do mercado consumidor no país ocorreu a partir da incorporação de novos consumidores, base do processo difundido como o surgimento de uma suposta nova classe média. Essa chamada classe é, na realidade, um estrato de renda, definido a partir de limites financeiros superiores e inferiores estabelecidos arbitrariamente para criar uma imagem positiva do país, um movimento típico da ciência da ocultação, aquela que tenta encobrir os problemas históricos do subdesenvolvimento. Ao logo deste ensaio, demonstro as inconsistências na lógica interna que sustenta o conceito de nova classe média, rejeitando sua organização. Em seu lugar, proponho outro olhar teórico para o fenômeno, baseado nas categorias dialética do consumo, a partir de Álvaro Vieira Pinto (2008), e superexploração do trabalho, parte da Teoria Marxista da Dependência (TMD), conforme postulada por Ruy Mauro Marini (1991a). Esse procedimento permite analisar o aumento do consumo em sua articulação com as classes sociais, o trabalho e a produção, relações inseridas nas contradições do capitalismo dependente. Portanto, nesta Tese defendo o argumento de que a estratégia de expansão mercado de massa oculta, através do conceito de nova classe média, as contradições do capitalismo dependente e renova a superexploração do trabalho no consumo de não-consumidores. |