Produção de microverdes de brássicas : densidades de semeadura, concentrações de solução nutritiva e épocas de cultivo

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Lerner, Betina Luíza
• Orientador(a): Schafer, Gilmar
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Rúcula; Mostarda; Eruca sativa; Microgreens; Densidade de semeadura; Epoca de semeadura; Substrato de cultura; Pratica cultural
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/266989

Por ser novidade no Brasil, há, no cultivo de microverdes, lacunas de recomendações técnicas e de manejo adequadas as diferentes regiões e sistemas de produção do país. Em função da semeadura ser realizada a lanço e em densidades superiores ao de costume, é necessário definir a densidade de semeadura de acordo com cada espécie. O uso de fertilizantes pode impactar nos rendimentos, acelerando o crescimento e desenvolvimento dos microverdes, gerando um produto de maior qualidade. Portanto, o presente estudo teve como objetivo identificar e definir a densidade de semeadura (DS) e a concentração de nutrientes na solução nutritiva adequadas às características de produção em diferentes épocas do ano de microverdes de rúcula (Eruca sativa Miller) e mostarda (Brassica juncea (L.) Czern) em sistema hidropônico fechado. Foram realizados dois experimentos em ambiente protegido em Porto Alegre. Em ambos, o delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados, com arranjo fatorial (4x4), formado por quatro densidades de semeadura (50, 100, 150 e 200 g m-2 ) e quatro níveis de condutividade elétrica (CE; 0,15, 1,0, 2,0 e 3,0 mS cm-1 ). As variáveis avaliadas foram altura de parte aérea (APA), massa fresca (MF) e massa seca (MS) da parte aérea e índice de sólidos solúveis totais. O sistema de fertirrigação foi via subirrigação. No cultivo de microverdes de rúcula, houve interação significativa entre os fatores DS e CE somente para as variáveis APA e MF no período de inverno. Durante a produção de microverdes de mostarda, as variáveis APA (primavera) e MF (inverno e primavera) obtiveram interações significativas entre os fatores. As demais variáveis apresentaram efeitos simples, sempre que houve ajustamento matemático. Em ambos experimentos, houve uma tendência de maiores DS resultarem em maiores APA e MF. em função do estímulo de crescimento do hipocótilo devido a competição entre plântulas e do ganho de massa por área. O cultivo de ambas espécies sem o uso de solução nutritiva não é recomendado. Maiores DS e CE promoveram resultados superiores de MS e índice de TTSS para rúcula e mostarda. Para a rúcula, recomenda-se o uso de 150 g m-2 no inverno e de 175 g m-2 na primavera, ambas na CE de 1 mS cm-1 . O cultivo de mostarda no inverno não atingiu os padrões de comercialização. Na primavera, recomenda-se utilizar CE de 2,00 mS cm-1 e DS de 200 g m-2 .