Avaliação do efeito da gabapentina sobre o exame neurológico de gatos saudáveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Azevedo, André Fernandes de
Orientador(a): Costa, Fernanda Vieira Amorim da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/274425
Resumo: Fármacos de administração oral pré-consulta, como a gabapentina, estão sendo cada vez mais utilizados como ansiolíticos de curto prazo para reduzir o medo e a ansiedade dos gatos durante as visitas veterinárias. Porém, agentes com efeito sedativo podem influenciar o exame neurológico em humanos, diminuindo ou abolindo respostas específicas, além de afetar a marcha e o equilíbrio. Uma vez que as reações adversas mais comuns da gabapentina em gatos incluem sedação e ataxia, surge a questão se tais efeitos poderiam impactar negativamente o exame neurológico, levando a conclusões errôneas e diagnósticos errados. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência de uma dose oral pré-consulta de gabapentina no exame neurológico de gatos saudáveis. Um ensaio clínico prospectivo, duplo-cego, randomizado e controlado por placebo foi realizado com 35 gatos. Os gatos passaram por duas consultas veterinárias e aleatoriamente foram designados para receber placebo ou uma cápsula de 100 mg de gabapentina antes da segunda consulta. O exame neurológico foi realizado durante cada visita, e os resultados foram comparados entre os grupos. A gabapentina alterou significativamente a análise da marcha e as reações posturais neste grupo de gatos saudáveis. A interferência encontrada pode levar a resultados falso-positivos, localização incorreta de lesões neurológicas, aumento dos custos de investigação e postergar o correto diagnóstico. Em compensação, a gabapentina não prejudicou a avaliação dos nervos cranianos e reflexos espinhais, o que nos permite confiar nos resultados desses testes, mesmo em pacientes que receberam o fármaco.