Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Müller, Mariana Scalabrin |
Orientador(a): |
Golin, Cida |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/115734
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Resumo: |
Esta dissertação busca identificar os índices de prestígio acionados pelo suplemento Sabático (2010-2013) na construção jornalística da figura do editor de livros feita a partir da capa, espaço emblemático de consagração. Baseado em um contrato que tem valor fiduciário, o jornalismo é capaz de legitimar e deslegitimar, conferir visibilidade ou silenciar, formando supostos consensos sobre a cultura de uma época. Os suplementos culturais atuam como um sistema perito, que foge da lógica diária de cobertura. Para atingir os objetivos propostos, reunimos todas edições do Sabático publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, 160 ao todo, e mapeamos o conteúdo das capas, que resulta em uma panorâmica sobre os principais temas e agentes que ganharam a primeira página do suplemento. Com o aporte da Análise de Conteúdo (AC), delimitamos nosso corpus a seis edições que tiveram na página principal um editor de livros. São eles, em ordem de publicação: Luiz Schwarcz, da Companhia das Letras; Jacó Guinsburg, da Perspectiva; Sergio Machado, da Record; Roberto Feith, da Objetiva; Alexandre e Evandro Martins Fontes, responsáveis, respectivamente, pelas editoras WMF – Martins Fontes e Martins Fontes – Selo Martins; Charles Cosac, da Cosac Naify. O tensionamento com o aporte teórico resultou em três categorias analíticas que respondem, no coletivo, à construção prestigiosa desses editores: Formação, Rede de Relações e Catálogo. Os resultados indicam que o jornalismo praticado pelo Sabático constrói uma figura ideal a respeito desses profissionais, ancorada nos valores solidificados da cultura letrada. Identifica-se, portanto, um consenso proposto sobre os editores de prestígio. São sujeitos que mantêm a herança familiar, têm formação erudita e desenvolvem competências, circulam no ambiente dos negócios, relacionam-se com pessoas e marcas prestigiadas e, por esses motivos, são capazes de escolher os melhores textos para serem transformados em livro. |