Por onde vivem os mortos : o processo de fabricação da morte e da pessoa morta no segmento funerário de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Neves, Marcos Freire de Andrade
Orientador(a): Damo, Arlei Sander
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/101638
Resumo: Conduzida na cidade de Porto Alegre, Brasil, a pesquisa etnográfica aqui apresentada descreve as dinâmicas no interior de um conjunto de mediações do complexo funerário, que não somente perpassa diferentes instâncias institucionais e econômicas, mas também modelam o processo de fabricação da morte e da pessoa morta através de intervenções físicas no corpo e da criação de uma memória a ela relacionada. Morte é, portanto, mais do que a destituição de uma vida: é a instituição de um novo estado, significa tornar-se algo. Um novo conjunto de documentos é requerido e há uma transposição de estatutos jurídicos. Assim, os circuitos funerários atuam na construção desse novo estado enquanto, simultaneamente, reconhecem a presença da pessoa morta nessa dinâmica por meio da imposição de uma presença moral e corpórea. A pessoa morta, não sendo um locus de passividade, mostra a sua vida ao impor padrões de comportamento nas negociações concernentes ao seu funeral, assim como ao influenciar escolhas e decisões.