Produção e qualidade da carcaça e da carne de bovinos de corte baseados em sistemas pastoris com ou sem uso de insumos em dois biomas no Sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Oliveira, Lucas Vargas
Orientador(a): Nabinger, Carlos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/163881
Resumo: O processo de intensificação dos sistemas alimentares na produção de ruminantes vem sendo o foco nas discussões políticas que implicam na segurança do alimento, bem-estar animal e qualidade do produto cárneo. A possibilidade da diversificação alimentar em diferentes fases do crescimento animal, através de sistemas exclusivamente a pasto ou com concentrados na dieta, determina variações no desenvolvimento corporal do animal e nas características qualitativas da carne. Neste contexto, se procurou identificar através de dois protocolos experimentais localizados no Sul do Brasil, as características produtivas estacionais da forragem, desempenho animal, atributos da carcaça e físico-químicos da carne de bovinos de corte produzidos em diferentes sistemas alimentares. Periodicamente era determinada a espessura de gordura subcutânea (EGS) dos animais através de imagens de ultrassom, sendo essa utilizada como critério para o abate. O experimento 1 (Bioma Pampa) foi constituído de um delineamento completamente casualizado com três tratamentos (sistemas alimentares) e três repetições, durante a terminação dos novilhos até o abate (EGS, 3 a 6 mm). Os tratamentos foram: i) pastagem natural; ii) pastagem natural melhorada com fertilização e introdução de gramínea hibernal. iii) idem ao ii, porém abatidos com mais idade. O experimento 2, (campos de altitude do Bioma Mata Atlântica), constituiu-se de um delineamento completamente casualizado com cinco tratamentos e três repetições, durante a recria e terminação dos animais até o abate (EGS, 2 a 3 mm). Os tratamentos foram: i) pastagem natural; ii) pastagem natural melhorada com fertilização e introdução de gramínea e leguminosa hibernal; iii) pastagem cultivada de gramíneas hibernais em dois invernos; iv) pastagem cultivada (idem ao iii) com suplemento de 0,8% PV/dia-1; v) confinamento com relação de volumoso e concentrado (75:25) na dieta. Nos dois estudos, verificou-se que a carga animal utilizada determina alterações positivas na produção estacional de forragem nos dois ambientes experimentais. Na medida em que aumenta o processo de intensificação do sistema alimentar, houve um maior acúmulo de gordura subcutânea na carcaça reduzindo, portanto, a idade de abate dos animais. Sistemas pastoris naturais e naturais com baixo aporte de insumos permitem atributos físico-químicos desejáveis na carne, maior teor de CLA, elevada concentração de n-6 e n-3 e menor razão n-6/n-3 em relação aos sistemas mais intensivos com uso de grãos na dieta.