Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Sacchet, Gislaine |
Orientador(a): |
Dantas, Monica Fagundes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/277337
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Resumo: |
O processo da cena, desde seu princípio até seu momento-produto, está atrelado a um “fazer dramatúrgico”, considerando-o como um processo da/para a cena, sendo construída na experimentação, na composição, valorizando que isso ocorra em relação, principalmente, com o corpo e a composição coreográfica. Nesse sentido, meu interesse reside em observar uma ação dramatúrgica documental, que acaba por integrar sua relação com o social e artístico com mais evidência. Justamente, prezando esse aspecto, tenho como objetivo analisar o fazer dramatúrgico de um coreógrafo brasileiro - Cristian Duarte - em uma produção coreográfica de dança que opera com propostas documentais da própria área, em uma cena contemporânea. Para tanto, os objetivos específicos são: identificar e compreender o fazer dramatúrgico na produção de dança contemporânea denominada The Hot One Hundred Choreographers; entender a proposta documental na dança contemporânea; compreender os principais conceitos de corpo e de coreografia como documento; perceber como o processo dramatúrgico pode viabilizar nossa alteridade, valorizando nossas referências como potências. Por meio de um estudo de caso, a análise aconteceu a partir de documentos referentes à peça, como releases, críticas, website criado pelo coreógrafo, sobretudo, pela aproximação com Cristian Duarte, com entrevistas, via Plataforma Zoom e presencialmente, assim como em conversas via Whatsapp. Cabe salientar que estive, presencialmente, como espectadora da peça, em dois diferentes momentos, em 2023. O que evidenciou-se foi o corpar de Cristian Duarte em fricção com suas referências, com documentos coreográficos escolhidos; a importância da memória e da lista criada pelo artista trazendo o que está visível, assim como a reflexão do que não está. Adiciona-se a isso, sua relação histórica, social, política e artística provocando uma reflexão sobre a urgência, competitividade, e por outro lado a articulação de padrões artísticos que acolhem um “embolamento” de tessituras sem estrutura fixa na cena, valorizando a equidade e a coletividade; o fazer dramatúrgico por princípios contemporâneos, com um fazer transitório, caótico, onde o artista buscou seus afetos, criou manobras e âncoras para a cena, bem como um website com os hiperlinks dos documentos coreográficos de referência. Por fim, observa-se a peça como um convite à importantes discussões, como a diferença da fruição por propostas documentais e diferentes poéticas em união num processo que procura deixar visível em sua materialidade os rastros de seus documentos. Assistir o trabalho de Cristian é olhar para o que vivemos, valorizando nossas referências e memórias em sua imanência, como quase-corpos que somos. |