Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Bevilaqua, Caroline Foletto |
Orientador(a): |
Tschiedel, Rosemarie Gärtner |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/181160
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Resumo: |
A presente dissertação objetiva compartilhar a análise das produções de cuidado de si com professoras em uma escola pública da rede estadual de educação, localizada no município de Porto Alegre/RS. O estudo contou com a realização de cinco encontros no formato oficina que privilegiaram um espaço para problematização e vivência do cuidado de si com as participantes. A pesquisa-intervenção e a cartografia constituíram-se como dois importantes referenciais teórico-metodológicos, em conjunto com a Análise Institucional. Foram utilizados diários de campo para o registro das observações, afectos e experiências engendradas no campo de intervenção. Como parte do processo, realizou-se a restituição do material às professoras, com o intuito de discutir alguns aspectos que poderiam estar cristalizando as práticas na escola. O cuidado de si foi pensado de forma a possibilitar encontros coletivos e o compartilhamento de experiências, utilizando recursos como a escrita, a memória, a imagem, a música e o cinema. A oficina pensada como um dispositivo associa a produção do cuidado de si em meio às linhas estéticas, políticas e jurídicas normativas, as quais se entrecruzam e agem sobre a constituição de si. Os encontros também colocaram em cena as relações de gênero, os tempos, espaços e corpos escolares. Essa proposta coletiviza a produção do cuidado de si e questiona o atual modo de subjetivação neoliberal que tem afirmado uma visão individualista de mundo. Ainda, as políticas públicas, regidas por essa doutrina, têm preparado a inserção em massa dos estudantes no mundo do trabalho e mantido a escola como um espaço voltado para o trabalho e a máxima eficiência, apartando a dimensão do desejo. Torna-se urgente repensar o atual modelo de educação posto no Brasil, assim como a construção de espaços para a criação de estratégias de trabalho docente e problematização das práticas. Dessa forma, espera-se contribuir para a produção de subjetividades mais criativas e menos atreladas às durezas da maquinaria escolar. |