Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Bruna Borges de |
Orientador(a): |
Tettamanzy, Ana Lúcia Liberato |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/193071
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Resumo: |
Este estudo aborda o rap como um elemento da cultura hip hop passível de ser analisado no que diz respeito a sua linguagem. O enfoque teórico abrange a literatura oral e os elementos de performance (ZUMTHOR, 2005), os estudos de canção popular (SEGRETO, 2015; TATIT, 2002, 2004, 2007), os estudos sobre voz (BARTHES, 2009; CAVRERO, 2011) e a enunciação (BENVENISTE, 1989) na perspectiva linguística – os quais permitem refletir a respeito da cena discursiva e enunciativa em que o gênero se articula –, assim como a matriz cultural negra do gênero (GILROY, 2012). Tais perspectivas teóricas são tomadas como complementares com o propósito de abordar o rap enquanto manifestação decolonial de um pensamento liminar (MIGNOLO, 2003) oriundo da situação de diferença colonial, o que define, portanto, a impossibilidade de abordagem do gênero a partir de um único recorte da ciência ocidental. É observado em especial o contexto angolano e a produção da rapper Eva RapDiva, a fim de refletir a respeito das disputas discursivas do rap que materializam conflitos quanto à inserção de mulheres no movimento cultural. A análise de produções da rapper em questão busca identificar a presença e os sentidos da voz através da verificação da articulação entre as categorias performáticas e enunciativas – de pessoa, espaço e tempo. É possível compreender o rap como linguagem que mimetiza, em alguns sentidos, a dinâmica colonial/moderna; enquanto que, em outros sentidos, apresenta-se como estética decolonial, isto é, uma estética que emerge de uma epistemologia não-eurocentrada e que se apresenta como resistência à colonialidade do poder e à colonialidade do gênero. |