Associação entre proporção de massa cardíaca predita doador-receptor e acoplamento ventrículo direito-artéria pulmonar após transplante cardíaco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Nazário, Raffaela de Almeida
Orientador(a): Clausell, Nadine Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/203224
Resumo: A disfunção do ventrículo direito após transplante cardíaco é frequente e associada a pior prognóstico. O acoplamento ventrículo direito-artéria pulmonar (VD-AP) é um método emergente na avaliação de disfunção do ventrículo direito; entretanto, seu comportamento no contexto de transplante cardíaco e sua relação com desproporções de tamanho doador-receptor ainda não foram estudados. No presente trabalho, tivemos por objetivo avaliar o acoplamento VD-AP em 7 e 30 dias pós-transplante, bem como examinar suas associações com variáveis de proporção de tamanho doador-receptor. Para isto, foram revisados dados clínicos, ecocardiográficos e hemodinâmicos de uma coorte retrospectiva de pacientes submetidos a transplante cardíaco e seus respectivos doadores. O acoplamento VD-AP foi avaliado através da razão entre a mudança da área fracional do ventrículo direito e pressão sistólica na artéria pulmonar ( right ventricular fractional area change , RVFAC/PSAP). Foram incluídos 34 pacientes transplantados (48 ±15 anos, 50% masculinos) entre 2015 a 2018. O acoplamento VD-AP pós-operatório melhorou quando comparados 7 e 30 dias (RVFAC/PSAP 0.98 ±0.24 vs. 1.26 ±0.27; IC 95%; p<0.001). Houve associação positiva entre a proporção de massa cardíaca predita doador-receptor adequada e o perfil evolutivo favorável da relação RVFAC/PSAP aos 30 dias, independente do tempo de isquemia do enxerto e da hipertensão pulmonar pré-existente ( B 0,51; IC 95% 0.13-0.9; p=0.01; R 2 ajustado=0.29). Estes achados conferem destaque ao uso da massa cardíaca predita como ferramenta para auxiliar na seleção de doadores e sugerem seu impacto em mecanismos de acoplamento VD-AP e disfunção do ventrículo direito após transplante cardíaco.