Estudo das variações do hormônio luteinizante, hormônio folículo estimulante e da subunidade alfa livre dos hormônios glicoprotéicos após uso do hormônio liberador das gonadotrofinas, em meninos normais e adultos com hipogonadismo hipogonadotrófico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1996
Autor(a) principal: Mainieri, Alberto Scofano
Orientador(a): Elnecave, Regina Helena
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/200341
Resumo: Com o intuito de comparar as variações do hormônio luteinizante (LH), hormônio folículo estimulante (FSH) e subunidade a livre dos hormônios glicoprotéicos (SUBa) ao estímulo do GnRH sintético, foram estudados 32 meninos normais (MN) com idade média de 7 anos e 3 meses e 17 adultos com hipogonadismo hipogdnadotrófico completo (AHH) com idade média de 22 anos e 1 O meses. Todos os indivíduos receberam 1001Jg de GnRH sintético em uma aplicação endovenosa realizando coletas de sangue aos O', 30' e 60' minutos após o estímulo. As dosagens hormonais foram feitas por imunofluorometria. As medianas dos níveis séricos basais de LH, FSH e da SUBa nos MN (O, 10 UI/L, 0,29 UI/L e 57,50 ng/L respectivamente) foram iguais as medianas dos níveis basais dos AHH (0, 10 UI/L, O, 14 UI/L e 78 ng/L respectivamente). No tempo 30' as medianas dos níveis de LH, FSH e SUBa nos MN (3,20 UI/L, 2,26 UI/L e 435,5 ng/L respectivamente) foram significativamente maiores que nos AHH {0,90 UII&L, 0,41 UI/L e 125 ng/L respectivamente) {p<0,001), o mesmo se observando em relação as medianas dos níveis séricos no tempo 60' (MN: 3,50 UI/L, 3,61 UI/L e 352 ng/L; e nos AHH: 1,10 UI/L, 0,86 UI/L e 113 ng/L respectivamente LH, FSH e SUBa) (p<0,001). A mediana do nível sérico máximo atingido (pico) nos MN (LH=3,52 UI/L, FSH=3,61 UI/L e SUBa=434,5 ng/L) foram também significativamente maiores do que nos AHH (LH=1, 10 UI/L, FSH=0,86 UI/L e SUBa=125 ng/L) {p<0,001). Também as medianas do incremento que os níveis séricos apresentaram do basal até o pico (delta) nos MN (LH=3,52 UI/L, FSH=3,20 UI/L e SUBa= 377,5 ng/L) foram maiores que nos AHH (LH= 0,80 UI/L, FSH=0,39 UI/L e SUBa=50 ng/L) (p<0,001). Por fim avaliou-se o incremento em número de vezes sendo este valor também maior nos MN (LH=39,0· vezes, FSH= 10,9 vezes e SUBa=7,0 vezes) do que nos AHH (LH=5,5 vezes, FSH=3,0 vezes e SUBa=1 ,6 vezes) (p<0,001). Nos MN os níveis séricos da SUBa apresentaram correlação, em todos os tempos com os níveis séricos tanto com LH .. (O'- r-0,67, 30'- r-0,80 e 60'- r-0,65) como com FSH (O'- r-0,44, 30'- r-0,65 e 60'- r=0,55). Não houve correlação entre os níveis de LHe da SUBa nos AHH, ocorrendo apenas em relação ao FSH e a SUBa no tempo 30' (r=0,68) e no tempo 60' (r-0,62). Os níveis séricos da SUBa apresentaram menos sobreposições dos valores entre os dois grupos estudados sendo que o incremento em número de vezes separou MN dos AHH em 94% do total das duas amostras. Os autores concluem que os MN aumentam os níveis séricos de LH, FSH e SUBa significativamente mais do que os AHH. No entanto as sobreposições do valores do LH, bem como do FSH, impossibilitam a utilização desse teste como diagnóstico diferencial do hipogonadismo hipogonadotrófico. Por fim demonstram que a SUBa· apresenta maior capacidade para diferenciar os dois grupos visto que evidencia menor número de sobreposições dos valores dos indivíduos testados, sendo que um valor da SUBavezes inferior a 3,3 vezes estabelece o diagnóstico de H.H. em meninos com 100% de especificidade, 97% de sensibilidade e com valor predictivo positivo de 100%.