Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Teixeira, Marsam Alves de |
Orientador(a): |
Leal, Andrea Fachel |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/274582
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Resumo: |
Introdução: Nas últimas décadas, o perfil epidemiológico do HIV/Aids passou por mudanças significativas, refletindo avanços na compreensão, prevenção e tratamento da doença. No Brasil, a epidemia da Aids exigiu não apenas medidas de prevenção, mas também a reorganização do sistema público de saúde. Apesar dos avanços conquistados, ainda existem desafios a serem enfrentados. Em 2021, o Brasil registrou uma taxa de detecção de Aids de 16,5 casos a cada 100 mil habitantes e importantes diferenças regionais foram identificadas. Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, é a capital com a terceira maior taxa de detecção de HIV do Brasil. Objetivos: Analisar a Política de Enfrentamento ao HIV/AIDS através de marcadores de cuidado relacionados ao acesso, ao início da terapia antirretroviral, e aos aspectos clínicos, em um grupo de pessoas diagnosticadas com HIV/Aids em Porto Alegre/RS, no ano de 2019. Métodos: Trata-se de uma coorte retrospectiva, realizada com dados secundários. A população do estudo são todos os indivíduos residentes de Porto Alegre/RS diagnosticados com HIV/Aids no ano de 2019, acompanhados por 24 meses. Os dados foram obtidos através de diferentes sistemas de informação em saúde (SIS), provenientes dos três entes federativos, e os indivíduos foram identificados através da técnica de linkage. Resultados: Um total de 1.336 indivíduos foram diagnosticados com HIV/Aids no município em 2019. A maioria dos pacientes eram homens, de raça/cor branca, entre 30 e 39 anos e com escolaridade alta (ensino médio completo/superior incompleto). Cerca de 25% da amostra foi diagnosticada tardiamente, e 5,5% veio a óbito. Mais de um quinto dos pacientes não realizou nenhum exame de CD4 ou carga viral nos 24 meses de acompanhamento (22,6% e 21,98%, respectivamente). O diagnóstico tardio esteve associado a uma maior faixa etária, não estar gestante, e vir a óbito. A vinculação não oportuna ao serviço de saúde esteve associada a raça/cor negra. Ser negro e possuir baixa escolaridade esteve associado a um início da TARV superior a 100 dias após o diagnóstico. Considerações finais: Nossos dados apontam para uma fragilidade na implementação da Política de Enfrentamento ao HIV/Aids em diversos âmbitos no município de Porto Alegre, tanto no que se refere ao acesso aos serviços de saúde, bem como aos aspectos clínicos e de acompanhamento. |