Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Ignácio, Gabriel Savaris |
Orientador(a): |
Caimi, Cláudia Luiza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/264277
|
Resumo: |
Neste trabalho, trato da paradoxal disposição da morte - enquanto imagem e experiência concreta - na história das epidemias de hiv e aids no Brasil. Ao perceber que tais epidemias se revelam sob duas faces contraditórias e entrepostas, marcadas pela presença e ausência da morte, me lanço resgate de narrativas que contam sobre essa experiência histórica, no intuito de compreender como a morte se revela e se oculta nesse cenário. Fundamentado em uma perspectiva materialista histórico-dialética, procuro capturar e traduzir os elementos, contradições e determinações concretas que (re)produzem tal fenômeno. Nesse processo, desvelo imagens da morte que, por um lado, expressam a realidade através de uma falsa consciência - que projeta uma visão mítica, fetichizada, fragmentada e estranha às relações sócio-históricas. Tais narrativas, além de (re)produzirem uma práxis alienante e estigmatizante, anunciam uma renúncia política e ideológica da verdade e da memória histórica: uma verdadeira morte das imagens - que caem em esquecimento, abandono, empobrecimento e negação. Por outro lado, descubro imagens da morte que a abordam como uma experiência genuína, elaborada através de uma visão sensível de mundo, e que manifestam um gesto de renúncia à morte das imagens e das imagens da morte como única possibilidade do corpo, do erotismo, da sociabilidade e da história das pessoas soropositivas sem, porém, renunciar à sua lembrança. Ao trabalhar com tais imagens, além de fazer emergir os elementos da verdade histórica da experiência das epidemias, proponho uma remontagem e uma (re)escritura da sua história, fundada em uma política da memória. |