Auto-experiência : a prática artística como imagem, projeção e intuição de si

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Correa, Paula Krause
Orientador(a): Tessler, Élida Starosta
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/13686
Resumo: Esta dissertação foi estruturada com base no pressuposto de que a experiência artística se dá através do corpo sensível - seja sob o ponto de vista do artista, na gênese do processo criativo, seja na ótica do processo de recepção estética de uma obra ou proposição artística. Através de propostas performáticas, fotografadas ou filmadas, que realizo com meu corpo, produzo meu trabalho como uma maneira de perceber, refletir e conhecer o mundo a minha volta. Chamo tal soma de conhecimentos, neste texto, de auto-experiência. Ao relacionar-me com o mundo sob a tutela do corpo, percebo que, em conjunção com o conteúdo estético das performances que proponho, meu corpo se confunde com a paisagem. Isto significa que, como intuição oriunda da própria prática criativa, meu corpo capta e reflete o que o rodeia, tornando a realidade que manipulo também uma evocação daquilo que sou. As imagens que sobram desta prática intensificam a experiência que as gerou; pois que, ao ver meu corpo em ação, ao visualizar as imagens resultantes das ações performáticas que realizo, a intuição de que este se confunde com a paisagem se evidencia de maneira contundente. Minha proposta, nesta dissertação, é, portanto, a de especular a respeito deste processo; o que inevitavelmente me leva à questão: quais são as minhas motivações para realizar tal trabalho? Não obstante, esta indagação me conduz a refletir, também, sobre o que penso sobre a arte em geral, como percebo sua ligação com a vida, e como se dá, para mim, a experiência estética de contato com uma obra de arte, e, mais especificamente, com as imagens que proponho para o outro.