Rejeição aguda em transplante de pulmão : análise crítica de 90 episódios em 42 pacientes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1996
Autor(a) principal: Teixeira, Paulo Jose Zimermann
Orientador(a): Camargo, José de Jesus Peixoto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/207059
Resumo: As infecções e a rejeição tem sido, até este momento. fatores limitantes da sobrevida dos receptores de transplante pulmonar. No presente estudo, a hipótese de nulidade foi de que a rejeição aguda não representava fator de risco para o desenvolvimento de sepse, de pneumonia por citomegalovirus (CMV) e de síndrome de bronquiolite obliterante (SBO) No periodo compreendido entre maio de 1989 e janeiro de 1995, 42 pacientes foram submetidos a 39 transplantes unilaterais e a 3 transplantes bilaterais seqüenciais no Pavilhão Pereira Filho, Serviço de Doenças Pulmonares da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre - RS . Nesses transplantes. a imunossupressão era induzida com ciclosporina A. azatioprina e metilprednisolona. Depois do terceiro dia de pós-operatório. a metilprednisolona era substituída por prednisona Através de análise bivariada. a doença de base dos receptores, o tempo de isquemia e a condição sorológica para CMV doador/receptor foram analisados como possíveis fatores de risco para o desenvolvimento de rejeição aguda (RA). Não houve significància estatística na análise dos possíveis fatores de risco para o desenvolvimento de RA. Da mesma forma , rejeição aguda de grau ~ 2 e a ocorrência de três ou mais episódios de RA de qualquer grau foram analisados como possíveis fatores de risco para o desenvolvimento de sepse. de pneumonia por CMY e de SBO. A RA ocorreu em 95,2% dos pacientes, tendo sido diagnosticados 90 episódios, com média de 2,3 episódios por paciente. RA de grau ~ 2 esteve presente em 26 (62.0%) pacientes c a ocorrcncia de três ou mais episódios deRA foi observada em 16 (38,0%) A incidência de sepse foi de 69,0%, de pneumonia por CMY foi de 40,5% c de SBO foi de 3 1,0%. A intensidade da RA não apresentou signifícância estatística para que pudesse ser considerada como fator de risco para o desenvolvimento de sepsc, de pneumonia por CMY c de SBO. A presença de três ou mais episódios de RA foi, entretanto. fator de risco somente para a ocorrência de pneumonia por CMV[RR:3,30(1C 95%: I ,53 - 7, 12)]p:= 0,003 . Dos 40 pacientes que apresentaram RA. I O (25,0%) foram consideradas rejeição córtico-resistentes e necessitaram de terapia de resgate com anticorpo monoclonal ou policlonal . As complicações da anastomosc brônquica ocorreram em 13 (31.0%) pacientes, sendo a estcnose a torma mais freqüente . A sobrevida geral no final do primeiro ano foi de 40,0%, e as infecções foram as principais causas de morte nos primeiros cem dias após o transplante Com base nestes dados, conclui-se que a ocorrência de três ou mais episódios de RA de qualquer grau estão associados ao desenvolvimento de pneumonia por CMV e que nem a intensidade nem o número de episódios de RA estão associados à ocorrência de sepse e de SBO. As causas da alta incidência de sepse ainda necessitam ser determinadas.