Políticas cognitivas : negociação e performance entre psicologia e neurociências

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Carlos Alberto Baum da
Orientador(a): Maraschin, Cleci
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
STS
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/156752
Resumo: As explicações centradas em discursos sobre o cérebro ganham cada vez mais espaço em nosso coletivo, produzindo uma multiplicação no prefixo “neuro” nas mais diversas áreas, como neuropsicologia, neurolinguística ou neuroeducação. A prevalência das explicações neurocientíficas sobre outras perspectivas parece estar relacionada à criação de um plano biológico capaz de conectar objetos das Ciências Humanas e das Ciências Naturais produzindo um apagamento das fronteiras entre as duas através de uma sobreposião do Natural. Essa tese se insere no debate das relações entre psicologia e neurociências cognitivas. Nosso objetivo é propor através de conceito de políticas cognitivas uma forma de discutir as relações entre psicologia e neurociências evitando uma hierarquia pré-definida. Divimos a tese em duas partes. A primeira opera uma discussão histórica a respeito da temporalidade moderna e do progresso como forma de pensar a relação entre teorias, bem como discute a institucionalização das ciências da cognição. Sugerimos bifurcação e acontecimento como conceitos que nos permitem pensar a trajetória científica em outros termos, assim como mostramos que como campo multidisciplinar as ciências cognitivas só foram possíveis por uma oscilação entre a unidade e a multiplicidade da cognição. A segunda parte desenvolve o conceito de políticas cognitivas e o contraste com outras formas de pensar a multidisciplinaridade nas ciências da cognição e em seguida, apresenta diferentes políticas que se organizam ao redor da consciência de si, considerando por fim, como a relação entre essas políticas não precisa se estabelecer a partir da objetividade. Nas conclusões propomos algumas condições para relacionar diferentes políticas, bem como sugerimos uma postura ética necessária para a discussão.