Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Reis, Luzivan Costa |
Orientador(a): |
Faccini, Lavinia Schuler |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/221546
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Resumo: |
As anomalias congênitas são alterações funcionais ou estruturais que possuem origem no desenvolvimento embrio-fetal, estando presentes ao nascimento ou podem-se manifestar mais tardiamente. As anomalias congênitas são a segunda principal causa de mortalidade infantil no Brasil. Mundialmente, causam mais de 3,2 milhões de deficiências. Há pouca literatura disponível sobre a prevalência e características epidemiológicas das anomalias congênitas no Nordeste do Brasil. Este estudo teve por objetivo estudar o perfil epidemiológico das anomalias congênitas registradas em recém-nascidos no Estado do Maranhão, Brasil no período de 2001 a 2016. Trata-se de um estudo de base populacional, de delineamento ecológico, onde investigamos as frequências de anomalias congênitas em nascidos vivos, bem como a mortalidade infantil por anomalias congênitas em duas dimensões: temporal e espacial. Para isso, utilizamos dados provenientes do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram incluídos 1.934.958 nascimentos vivos, sendo 6.110 notificados com anomalias congenitas (31,5/10.000). Os aglomerados (Índice Local Moran I= Ii) foram mais significativos em: 2008 (Ii=0,13; p<0,001); 2010 (Ii=0,15; p=0,001) e 2016 (Ii= 0,11; p = 0,003). A prevalência de anomalias congênitas foi maior entre filhos de mães acima de 35 anos de idade (razão de prevalência [RP]=1,59; intervalo de confiança [IC95%] 1,44-1,72), prematuros (RP=2,96; IC95%: 1,94-3,51) e com escore Apgar no 5º minuto menor que 8 (RP=4,90; IC95%: 3,35-7,16). As anomalias mais frequentemente observadas nos nascidos vivos foram as do sistema osteomuscular (8,7/10.000; IC95%: 7,6-10,4) e do sistema nervoso (5,2/10.000; IC95%: 3,0-7,4). Por outro lado, anomalias do sistema circulatório foram as mais frequentemente associadas com a mortalidade infantil (0,94/1.000; IC95%: 0,48-9,95). Em conclusão, a prevalência de 0,3% sugere falta de notificações comparando com outros estados brasileiros. Esforços devem ser realizados para melhoria do registro, bem como para a compreensão destas diferenças geográficas. |