Impacto emocional no cuidador do transplante hepático : estudo misto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Kruel, Letícia Rosito Pinto
Orientador(a): Kruel, Cleber Dario Pinto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
TCI
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/221653
Resumo: Introdução: O processo do transplante é estressante tanto para o paciente quanto para a família, pois enfrenta-se o medo da perda do familiar. O apoio da família é fundamental para resultados satisfatórios do transplante hepático. Os cuidadores desempenham, portanto, papel fundamental nos estágios pré e pós-transplante hepático. Objetivo: Avaliar o impacto emocional do transplante hepático adulto no cuidador responsável até 1 ano do pós-transplante. Método: Estudo misto transversal com 10 cuidadores. Entrevistas qualitativas semiestruturadas foram realizadas com os cuidadores. A avaliação da personalidade foi realizada pelo Inventário de Temperamento e Caráter (TCI), os sintomas de depressão, pelo Inventário Beck Depressão (BECK) e os sintomas de ansiedade por meio do Inventário Beck de Ansiedade (BAI). Resultados: Por meio da análise das entrevistas, foram identificadas as seguintes categorias: estresse emocional, atividades de cuidado, equipe profissional, mudanças e adaptações frente ao transplante, rede de apoio familiar, espiritualidade e pandemia. No TCI, algumas das características de personalidade observadas foram afetividade, otimismo, empatia, responsabilidade e confiabilidade. Os sintomas de depressão (BECK) e a ansiedade (BAI) apresentaram escores leves no momento da avaliação. Discussão: A partir deste estudo, podemos observar um significativo impacto de estresse emocional por parte dos cuidadores no processo do transplante hepático adulto. Se por um lado o perfil clínico de nossa amostra nos fez pensar que poderíamos ter atingido cuidadores já mais sensíveis às questões de saúde mental, por outro uma personalidade caracteristicamente madura e adaptativa pode refletir a disposição em participar da pesquisa e uma personalidade mais resiliente. Conclusões: Os resultados apontam para a importância de se disponibilizar um acompanhamento psicológico/grupo de apoio/grupo de psicoeducação para os cuidadores, visando facilitar a experiência com o transplante a fim de prevenir o desenvolvimento de sintomas emocionais. Visto que existe um elevado investimento de saúde pública para a realização do transplante e que esse cuidador desempenha um significativo papel para a recuperação do paciente, cabe a reflexão de possíveis implementações em estratégias/intervenções de grupo para esses cuidadores.