Manejo alimentar de fêmeas suínas no período gestacional e pré-inseminação : impactos produtivos e reprodutivos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Mallmann, André Luis
Orientador(a): Bortolozzo, Fernando Pandolfo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/249017
Resumo: O aumento na quantidade de ração na fase inicial de gestação, na fase final de gestação (bump feeding) e pré-inseminação (flushing) é um manejo tradicional utilizado com diferentes propósitos nas granjas. Os benefícios produtivos com o seu uso em fêmeas contemporâneas, sob condições comerciais, são controversos e por vezes escassos. Entretanto, todos possuem impacto econômico considerável. Assim, os objetivos do presente trabalho foram avaliar o impacto de diferentes manejos alimentares aplicados durante a fase gestacional e a eficiência do flushing pré-inseminação sobre o desempenho reprodutivo de leitoas. O primeiro estudo avaliou, em um modelo dose-resposta, o efeito do bump feeding sobre o peso ao nascimento (PN) e desempenho reprodutivo. Para isso, 977 leitoas foram alimentadas com 1,8, 2,3, 2,8 ou 3,3 kg/d a partir do dia 90 de gestação até o parto. O PN tendeu a aumentar quadraticamente (P=0,083), enquanto a produção de colostro e o consumo de ração das fêmeas durante a lactação reduziram linearmente (P≤0,016), à medida que a quantidade de ração fornecida foi aumentada. O desempenho reprodutivo subsequente não diferiu entre os tratamentos (P>0,135). Seguindo na tentativa de melhorar o PN, foi realizado um segundo estudo, onde foram avaliados os efeitos de duas quantidades de ração (1,8 ou 3,5 kg/d) ofertadas em duas fases gestacionais (fase 1 – dia 22 até o dia 42; fase 2 – dia 90 até o dia 110). Não foram encontradas diferenças no peso dos leitões ao nascimento (P≥0,153). No entanto, leitoas alimentadas com 3,5 kg/d na fase final de gestação apresentaram menor percentual de leitões com <1000g (P=0,031), e não foram encontrados efeitos dos tratamentos na eficiência placentária (P=0,320). O terceiro estudo avaliou os efeitos de diferentes quantidades de ração (1,8, 2,5 ou 3,2 kg/d) ofertadas na fase inicial de gestação (dia 6 até o dia 30) sobre o desempenho ao parto de primíparas (OP1) e secundíparas (OP2). O desempenho ao parto também foi avaliado de acordo com as reservas corporais das fêmeas ao desmame. A taxa de parto tendeu a ser afetada linearmente com o aumento na quantidade de ração em fêmeas OP1 (P=0,085). Leitões nascidos totais foram afetados quadraticamente em fêmeas OP1 (P=0,049), enquanto que para fêmeas OP2 houve uma tendência de redução linear com o aumento na quantidade de ração ofertada (P=0,082). Os leitões nascidos totais e a taxa de parto para ambas OP não foram afetados pela interação entre a classe de reserva corporal ao desmame e o tratamento aplicado (P>0,103). O quarto estudo verificou o efeito do flushing no período pré-inseminação sobre o desempenho reprodutivo de leitoas. Foram avaliados os efeitos de duas quantidades de ração (2,1 ou 3,6 kg/d) ofertadas durante dois ciclos estrais (ciclo1 – entre o 1º e 2º estro, ciclo 2 – entre o 2º e 3º estro). No 2º estro, leitoas alimentadas com 3,6 kg/d durante o ciclo 1 apresentaram 1,9 folículo a mais que fêmeas alimentadas com 2,1 kg/d (P=0,032). Já o número de ovulações no 3º estro foi influenciado pela quantidade de ração fornecida em ambos os ciclos (P<0,009). A sobrevivência embrionária foi afetada negativamente nas fêmeas que consumiram 3,6 kg/d no 2º ciclo (P=0,026), enquanto o número de embriões totais e viáveis foi influenciado apenas pela quantidade de ração consumida no 1º ciclo após a puberdade (P≤0,001).