Tradução e adaptação de software para o auxílio na identificação de maus tratos em crianças e adolescentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Calza, Tiago Zanatta
Orientador(a): Castellá Sarriera, Jorge
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/102332
Resumo: O objetivo deste trabalho foi fazer a tradução e a adaptação do conteúdo do software “Módulo de Apoyo a la Gestión del Riesgo Social en la Infancia y la Adolescencia (MSGR)” para o contexto brasileiro. Por sua vez, o software visa auxiliar profissionais de diversas áreas a identificar e a como proceder diante de casos de suspeitas de maus tratos contra crianças e adolescentes. Foram realizados dois estudos empíricos. O primeiro estudo refere-se à tradução e à adaptação dos itens presentes no software, divididos em duas fases: (1) tradução dos itens, através do método backtranslation; e (2) validação por juízes, a fim de avaliar o nível de adequação dos itens originais, e grupos de discussão, para discutir os itens que não tiveram concordância igual ou superior a 80% entre os juízes e propor uma ação recomendada para cada tipo de gravidade. Participaram como juízes cinco profissionais especialistas na temática de maus tratos. Nos grupos de discussão participaram quatro profissionais que têm experiência no atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência. Os resultados da avaliação dos juízes apontaram 40 itens do software como não tendo o índice de concordância mínimo de 80% esperado. O grupo de discussão, por sua vez, decidiu o formato final de tais itens. Além disso, sugeriu a troca de nomenclaturas, além de propor o acionamento de diversos serviços de proteção para cada gravidade detectada. Discutem-se as mudanças realizadas, os diferentes serviços da rede de proteção, assim como o Estatuto da Criança e do Adolescente. O segundo estudo foi a aplicação piloto do software, já traduzido e adaptado. Participaram desta etapa 16 adultos, selecionados por conveniência,com idades entre 22 e 55 anos. Estes foram instruídos a responder a três estudos de caso fictícios, apontando as dúvidas de compreensão dos itens, além de suas opiniões quanto ao manejo e a utilidade do software. Os resultados indicaram dificuldades de compreensão de algumas palavras, especialmente entre os participantes que tinham somente o Ensino Médio completo. Também houve dúvidas quanto à ambiguidade de itens, além de tentativas de indução de respostas, mesmo quando as observações correspondentes não estavam contempladas no estudo de caso. Discutem-se aspectos relativos a facilitar o entendimento das questões e ao uso do software, além da importância deste para o auxílio na notificação das suspeitas. Por fim, ressalta-se a relevância da divulgação dos conhecimentos científicos acerca da identificação de maus tratos para a população, assim como o desenvolvimento de novas ferramentas para a utilização na proteção dos direitos da infância e adolescência.