Avaliação ocupacional em indivíduos expostos a diferentes classes de agrotóxicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Cestonaro, Larissa Vivan
Orientador(a): Arbo, Marcelo Dutra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/201183
Resumo: O uso de produtos químicos nas práticas agrícolas modernas, ao longo das últimas décadas, apresentou uma considerável expansão. Entretanto, considerando o uso irracional dos agrotóxicos, os agricultores também estão expostos a uma mistura de xenobióticos. Neste trabalho, foram avaliados por meio de parâmetros hematológicos, bioquímicos e imunológicos, os efeitos relacionados à exposição à agrotóxicos e metais em agricultores (n = 62) provenientes de uma área rural e de indivíduos de uma área urbana não expostos (n = 54) a agrotóxicos do estado do Rio Grande do Sul. Os agricultores demonstraram ter uma inibição significativa na atividade da AChE nos eritrócitos (p<0,01), evidenciando à exposição destes indivíduos à agrotóxicos inibidores da ChE. Além disso, os agricultores também apresentaram níveis aumentados de glicose, ureia (p<0,01), LDH (p<0,05), proteínas totais, IgM, complemento C3 (p<0,01) quando comparado com os indivíduos não expostos, mas dentro dos valores de referência e na expressão de LFA-1 (p<0,05) e ICAM-1 (p<0,01) em linfócitos. Observou-se também uma diminuição significativa na expressão de LFA-1 e ICAM-1 (p<0,01) em monócitos em comparação com indivíduos não expostos. Adicionalmente, correlações de Spearman foram observadas entre: BuChE e IgG (p<0,05), indicando que a exposição à agrotóxicos e metais pode estar relacionada a um estado pró-inflamatório em indivíduos expostos; e entre a atividade da AChE e a expressão de LFA-1 (p<0,05) e ICAM-1(p<0,05) em monócitos e L-selectina em linfócitos e monócitos (p<0,05), apontando alterações relacionadas a imunotoxicidade dos agrotóxicos e metais. Neste estudo foi possível observar alterações na saúde em uma população exposta a agrotóxicos e metais.