Jornalismo em primeira pessoa : a construção de sentidos das narradoras da revista TPM

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Silva, Patricia Rocha da
Orientador(a): Benetti, Márcia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/10881
Resumo: A imprensa feminina atua na construção de modelos de mulher a partir de uma fala hegemonicamente normativa e pedagógica. Lançada em 2001, a revista Trip para Mulher, a TPM, caracterizada por narradoras que assumem sua presença no texto e compartilham sua intimidade, afirma constituir-se como uma ruptura aos manuais que ensinam como ser mulher e reiteram estereótipos historicamente construídos. Esta pesquisa busca confrontar esta proposta de ruptura de TPM a partir da análise dos sentidos produzidos sobre si mesmas pelas narradoras auto-referentes da revista e dos lugares de fala que elas assumem em seu discurso. Filiado à perspectiva construcionista do jornalismo, este trabalho conjuga o referencial teórico sobre o narrador, da teoria literária a autores que problematizam a narrativa jornalística, com a tradição de pesquisa sobre a imprensa feminina. O referencial metodológico congrega a proposta de análise de lugares de fala e a análise de discurso de tradição francesa. A análise revelou que as narradoras assumem quatro lugares de fala – “eu confidente”, “eu jornalista”, “eu conselheiro” e “eu valorativo” – e constroem imagens de mulher a partir de seis formações discursivas – “ser mulherzinha”, “ser fora do padrão”, “ser sábia e experiente”, “ser dona do próprio destino”, “ser solteira orgulhosa” e “ser repórter aventureira”. As conclusões indicam que, embora TPM promova certas rupturas, converte estas formas de suposta resistência em novos modos de regrar a feminilidade.