Estudo retrospectivo de dermatopatias em gatos através de diagnóstico histopatológico realizados no setor de Patologia Veterinária da UFRGS, Porto Alegre (1990 - 2012)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Scherer, Heloisa Azevedo
Orientador(a): Ferreiro, Laerte
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/128888
Resumo: Dentre as especialidades veterinárias, a dermatologia, juntamente com oncologia foram as que se destacaram a partir de 1980. Cerca de 30% dos atendimentos clínicos de carnívoros domésticos são associados com alterações dermatológicas. A maior parte dos dados disponíveis inclui estudos de outros países o que pode não refletir a realidade brasileira. O objetivo deste estudo foi apresentar a prevalência das principais dermatologias neoplásicas e não neoplásicas registradas em gatos, através de diagnósticos histopatológicos de biópsias da pele, realizados no setor de Patologia Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (SPV-UFRGS). Um estudo retrospectivo incluiu os resultados de biópsias de pele em gatos registrados entre 1990 e 2012, nos arquivos de diagnósticos histopatológicos do SPV-UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil. De um total de 443 biópsias cutâneas em gatos, 308 casos foram lesões de origem neoplásica que ocorreram em maior prevalência (69%) e afetaram, mais frequentemente, gatos idosos, independente do sexo. Nessa categoria, destacaram-se carcinoma epidermoide 32,14% (99/308), fibrossarcoma 18,83% (58/308), tricoblastoma 12,66% (39/308) e mastocitoma 7,47% (23/308). Entre as lesões de causas não neoplásicas, foram analisadas as de causas micóticas 22,22% (30/135), das quais, a esporotricose apresentou maior ocorrência, com maior prevalência em machos. As lesões de causas alérgicas ocuparam a segunda posição 18,52% (25/135) em prevalência, na categoria não neoplásica. As três dermatopatias mais frequentes foram neoplásicas, micóticas e alérgicas. As neoplasias afetaram mais frequentemente gatos idosos, independentemente do sexo. O carcinoma epidermoide é a dermatopatia neoplásica de maior ocorrência, em gatos sem raça definida, sem predisposição sexual. A esporotricose é a dermatomicose mais frequente e afetou principalmente gatos machos. A escassez de dados registrados nas fichas de solicitação de biópsia reduziu conclusões adicionais. Partindo-se do princípio de que a dermatite solar pode evoluir para o carcinoma epidermoide, e considerando-se o expressivo número de diagnósticos desta alteração entre todas as amostras cutâneas 22,35% (99/443), pode-se reforçar a importância deste estudo ao dermatologista de um país tropical, dando subsídios para a indicação da prevenção à exposição solar, visando prevenir a ocorrência da doença, aumentando o bem-estar dos gatos.