Estudo da influência do tempo de preparo e temperatura de armazenamento na imunorreatividade de amostras de câncer de colo uterino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Guterres, Cátia Moreira
Orientador(a): Hammes, Luciano Serpa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
P16
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/174768
Resumo: Introdução: O câncer de colo uterino é o quarto câncer mais comum no sexo feminino e um importante problema mundial de saúde pública. Recentemente, o uso de biomarcadores para melhorar a sensibilidade e especificidade do rastreamento e diagnóstico desta patologia passou a ter maior importância. Dentre estes, P16 e Ki67 passaram a ser largamente utilizados em imunohistoquímica de amostras preservadas em parafina. Entretanto, não se sabe qual a influência do tempo e temperatura de armazenamento de amostras previamente cortadas. Objetivo: O presente estudo tem por finalidade avaliar a influência do tempo de preparo e temperatura de armazenamento na imunorreatividade para P16 e Ki67 de cortes de amostras cervicais. Métodos: Amostras de blocos de parafina de câncer de colo uterino foram seccionadas e montadas em lâminas, de maneira seriada, no período de 9, 6, 3, 1 mês e tempo zero, sendo armazenadas em -20°C, 4°C e temperatura ambiente (TA). Todas as amostras então foram processadas ao mesmo tempo por imunohistoquímica para detecção de P16 e Ki67, sendo realizada leitura da mesma região do tumor nas diferentes condições. Resultados: Dos 10 casos de câncer de colo uterino, foram analisadas 75 regiões para P16 e Ki67 nas diferentes condições. A expressão de P16 e Ki67 não variou de maneira significativa ao longo do tempo nas diferentes condições de temperatura de armazenamento. Por exemplo, os cortes de 9 meses apresentaram a seguinte expressão quando armazenados a -20°C, 4°C e TA, respectivamente [mediana (p25-75)]: marcador P16 - 200 (160-300), 200 (180-300) e 200 (170-300), o que não foi estatisticamente diferente do corte em tempo zero, 200 (200-300), P=0,210; marcador Ki 67 - 210 (160-270), 210 (160-270) e 210 (145-270), o que também não foi estatisticamente diferente do corte em tempo zero, 240 (180-270), P=0,651. Conclusão: Não há influência significativa do tempo de preparo e temperatura de armazenamento de lâminas com material já cortado para a realização de imunohistoquímica posteriormente, no período de até 9 meses, para P16 e Ki67. Isto permite que, ao processarmos lâminas para HE e/ou outros marcadores, podemos reservar lâminas para posterior processamento com P16 e Ki67 sem prejuízo à imunorreatividade.