Proteômica comparativa de diferentes estágios do desenvolvimento estrobilar do cestódeo-modelo Mesocestoides corti

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Lima, Jeferson Camargo de
Orientador(a): Ferreira, Henrique Bunselmeyer
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/173154
Resumo: Mesocestoides corti é um modelo para o estudo da biologia de cestódeos. Neste modelo é viável a manutenção do seu estágio larval in vivo, como também é possível induzir e acompanhar in vitro o seu desenvolvimento para o estágio adulto (estrobilização). Neste trabalho, foi realizada uma análise proteômica, por meio de uma abordagem de LC-MS/MS, para a caracterização dos repertórios de proteínas de quatro diferentes estágios do desenvolvimento de M. corti. Inicialmente, foi comparado o estágio larval (tetratirídeo, TT) e o estágio adulto (verme adulto estrobilizado, ST) de M. corti. No total, 364 proteínas únicas foram detectadas. Deste repertório, foram exclusivamente detectadas em TT 31 proteínas, em ST foram exclusivamente detectadas 126 proteínas, ao passo que 207 proteínas foram compartilhadas entre os dois estágios. O repertório de proteínas detectadas em TT incluem proteínas relacionadas com metabolismo, sinalização celular e regulação proteica. Possivelmente estas proteínas estão envolvidas com o crescimento/desenvolvimento vegetativo e reprodução assexuada deste estágio. Por outro lado, o repertório de proteínas detectadas em ST incluem proteínas relacionadas com expressão gênica, tradução, modificação e processamento de proteínas. Estes resultados podem indicar uma maior atividade metabólica nesse estágio de vida do parasito, o que pode ser associado à sua fisiologia mais complexa, que envolve estrobilização e diferenciação sexual. Em uma segunda abordagem, foram analisadas as primeiras horas pós-indução (PI) da estrobilização (TT, TT 24h-PI e TT 48h-PI). Foram detectadas um total de 241 proteínas únicas neste estudo. As proteínas detectadas apontam para um aumento da proliferação celular e desenvolvimento muscular após a indução da estrobilização, com o enriquecimento de categorias como “cellular component assembly involved in morphogenesis”, “muscle cell differentiation” e “muscle structure development” exclusivamente em TT 24h-PI. Globalmente, este conjunto de proteínas é um ótimo ponto de partida para estudos funcionais, como a busca por marcadores moleculares do desenvolvimento, alvos diagnósticos mais sensíveis e alvos para novas drogas anti-helmínticas.