A intervenção institucional como determinante da inovação : a indústria naval e Offshore no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Avila, Ariane Mello Silva
Orientador(a): Zawislak, Paulo Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/127251
Resumo: Do ponto de vista econômico, entende-se que ao mesmo tempo em que a sociedade cria as instituições, baseado no comportamento dos indivíduos, as instituições também podem ser impostas a partir das necessidades da sociedade. As instituições desempenham um papel fundamental em permitir a realização do potencial dinâmico das economias nacionais. No entanto, este é o desafio que existe por traz da estruturação de setores re-emergentes, onde os decisores políticos e as empresas têm se esforçado para criar as condições institucionais para que a indústria possa prosperar, evoluir e inovar. As instituições são capazes de ajudar a impulsionar esses esforços a partir de políticas adequadas baseadas em ciência e tecnologia e ações de mercado. Este trabalho utiliza os conceitos da teoria econômica institucional e de inovação com o objetivo de analisar os principais traços da intervenção institucional capazes de estimular a inovação. Por instituições, entende-se um conjunto de restrições, construídas pelos indivíduos, para estruturar as interações sociais (econômicas e políticas), enquanto que por inovação, entende-se uma nova combinação de fatores para atingir resultados superiores. Assim, a inovação é um constructo social, por refletir as necessidades da sociedade, e de concepção institucional por ser aceito, reconhecido e adquirido pelo mercado. Entretanto, no momento em que a inovação não surgir de forma espontânea em determinado quadro institucional faz-se necessário à criação de métodos intervencionistas para estimulá-la. A não espontaneidade da indústria pode levar a distorções, entraves e custos não previstos, por isso, a necessidade de intervenções. A recente história da re-emergente indústria naval e offshore brasileira é ilustrativa para este caso, onde se percebe uma distorção do quadro institucional a partir da criação de regras e leis que servem como filtro para o desenvolvimento do setor. A presença de um quadro institucional formalizado em demasia e a grande presença de intervenções institucionais que estimulam as ações de mercado em detrimento da ciência e tecnologia é resultado de uma desconformidade entre as normas e regras institucionalizadas. Em outras palavras, essa indústria sofre as ações do institutional stuck.