Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Ghezzi, Caroline Lorenzoni Almeida |
Orientador(a): |
Bianchin, Marino Muxfeldt |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/188945
|
Resumo: |
Introdução: o câncer colorretal (CCR) apresenta importante impacto na saúde pública mundial. Segundo dados do INCA de 2018, o CCR representa a segunda e a terceira malignidades mais incidentes em mulheres e homens brasileiros, respectivamente. A ressecção cirúrgica é a única modalidade de tratamento com intuito curativo. A presença de metástase linfonodal representa um importante fator prognóstico sendo determinante na indicação de tratamento adjuvante. O conhecimento da anatomia da vascularização mesentérica pelo cirurgião é essencial na identificação intraoperatória dos vasos; consequentemente, na execução correta das ligaduras vasculares e linfadenectomia. Os exames de imagem são fundamentais no CCR, pois permitem o diagnóstico, estadiamento, planejamento cirúrgico e acompanhamento da doença. Dentre as modalidades de exames de imagem, a tomografia computadorizada (TC) é o método recomendado para o estadiamento abdominal do CCR sendo amplamente disponível e de rápida aquisição. A TC oferece recursos de reformação multiplanar (MPR) e projeção de intensidade máxima (MIP) que auxiliam na interpretação dos vasos mesentéricos. A ligadura dos vasos mesentéricos inferiores pode ser classificada em alta ou baixa. Objetivo: determinar a correlação entre o nível de ligadura dos vasos mesentéricos inferiores descrita pelo cirurgião e aquela identificada pelo médico radiologista na TC pós-operatória em pacientes com câncer de cólon esquerdo e reto. Adicionalmente, estudar o impacto do nível de ligadura dos vasos mesentéricos inferiores no prognóstico desses pacientes. Materiais e Metodologia: estudo observacional, longitudinal, do tipo coorte restrospectivon. A amostra de estudo foi composta por pacientes com câncer de cólon esquerdo e reto submetidos à ressecção cirúrgica e que realizaram TC de abdome e pelve pré e pós-operatórias no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Resultados: cirurgiões e radiologistas concordam em relação ao nível de ligadura da artéria mesentérica inferior e da veia mesentérica inferior em 68,4% (Kappa = 0,431) e 64,3% (Kappa = 0,326) dos casos, respectivamente. A concordância entre os radiologistas quanto ao nível de ligadura da artéria mesentérica inferior ocorreu em 97,4% (Kappa: 0,945) dos casos. Não houve diferença na média de linfonodos removidos (21,5, 17 e 20; p = 0,160) em pacientes submetidos – respectivamente – à ligadura alta, ligadura baixa e preservação da artéria mesentérica inferior. Em pacientes com câncer de cólon esquerdo e reto com estádio clínico I a III, não houve diferença em termos de sobrevida global em dois anos (85,7%, 91,9% e 100%; p = 0,664), de sobrevida livre de doença em dois anos (90%, 89,8% e 100%; p = 0,656), sobrevida livre de doença local em dois anos (100%, 92,4% e 100%; p = 0,495) e sobrevida livre de doença sistêmica em dois anos (90%, 93,2% e 100%; p = 0,600) em pacientes submetidos à ligadura alta, ligadura baixa e preservação da artéria mesentérica inferior, respectivamente. Conclusões: a TC com uso da ferramenta de projeção de intensidade máxima (MIP) é um método confiável para avaliação do nível de ligadura dos vasos mesentéricos inferiores. O nível de ligadura dos vasos mesentéricos inferiores é corretamente identificado pelo cirurgião em cerca de dois terços dos casos. O nível de ligadura da artéria mesentérica inferior não está associado ao número de linfonodos removidos e às taxas de sobrevida. |