Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Grazziotin, Henrique de Abreu |
Orientador(a): |
Herrlein Junior, Ronaldo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/147442
|
Resumo: |
Este trabalho tem como objetivo sistematizar a teoria monetária e financeira de Marx, com enfoque em sua concepção acerca do sistema de crédito, dos ciclos industriais e da Lei Bancária de 1844, tida aqui como exemplo de institucionalidade financeira. Esses elementos da teoria de Marx se encontram em trechos dispersos ao longo de sua obra, sendo necessário um esforço de sistematização para facilitar a sua compreensão e o debate acerca dos mesmos. O que o trabalho revela é que, para Marx, a categoria dinheiro é uma categoria complexa, sendo necessário compreender suas múltiplas determinações, partindo dos elementos abstratos mais simples para derivar os mais complexos. Buscamos discutir essas determinações apresentando o dinheiro na circulação simples como forma da mercadoria, o dinheiro enquanto forma do capital, o capital-dinheiro enquanto mercadoria na forma de capital de empréstimo e o sistema de crédito em geral. Demonstramos como, na teoria de Marx, todos esses determinantes são necessários para compreender a totalidade da categoria dinheiro no modo de produção capitalista. A partir da descrição do sistema de crédito, sistematizamos a teoria de Marx dos ciclos industriais, em que o crédito impulsiona a produção capitalista a períodos sucessivos de estagnação, estabilidade, prosperidade, especulação e superprodução, e crise. Portanto, trata-se de uma teoria de crises endógenas impulsionadas pelo crédito e que tem como resultado periódico superprodução e pânico financeiro. Por fim, apresentamos a descrição de Marx sobre a Lei Bancária de 1844, que só pode ser compreendida a partir do embasamento teórico do Currency Principle e dos interesses dos banqueiros que dela se beneficiam. Nessa descrição, fica claro que, embora a crise seja inevitável para Marx por ser resultado estrutural do processo de produção capitalista, a institucionalidade financeira apresenta uma eficácia própria, sendo capaz de alterar os resultados econômicos durante a crise, embora esteja sempre circunscrita a uma dinâmica estrutural determinada. |