Lesões intestinais em suínos abatidos no Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pereira, Paula Reis
Orientador(a): Driemeier, David
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/231699
Resumo: As doenças entéricas na suinocultura são responsáveis por expressivas perdas econômicas e podem ser causadas por vários agentes etiológicos. Esta dissertação teve por objetivo fazer o diagnóstico anatomopatológico e determinar a frequência de lesões intestinais em suínos abatidos em um frigorífico na Região do Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul (RS), com Serviço de Inspeção Federal (SIF). A colheita das amostras ocorreu durante 18 dias nos meses de verão (janeiro e fevereiro) e 19 dias nos meses de inverno (junho, julho e agosto) de 2016. Os suínos eram provenientes de 55 municípios diferentes, que correspondem a sete microrregiões do RS (microrregião de Passo Fundo, Soledade, Guaporé, Santa Cruz do Sul, Lajeado-Estrela, Montenegro e São Jerônimo). Acompanhou-se o abate de 31.708 suínos no verão e 35.151 no inverno. Nesse período foram condenados 2.523 e 2.747 intestinos e linfonodos mesentéricos na linha de inspeção, dos quais, 216 e 199 foram selecionados aleatoriamente para serem analisados. Os três principais diagnósticos foram serosite crônica (43,1%), ascaridiose (21,4%) e enteropatia proliferativa suína (20%). Outros casos foram: tampão caseoso em válvula ileocecal (5,0%), abscesso intestinal (1,0%), pneumatose (1,0%), circovirose (0,7%), esofagostomíase (0,7%), salmonelose (0,7%) e um caso de intussuscepção (0,2%) A serosite crônica foi diagnosticada em 82/216 (38%) casos no verão e 97/199 (48,7%) no inverno e ascaridiose teve maior ocorrência no verão com 64/216 (29,6%), comparado com o inverno 25/199 (12,6%). A enteropatia proliferativa suína (EPS) foi diagnosticada em 37/216 (17,1%) no verão e 46/199 (23,1%) no inverno. Na região de válvula ileocecal observou-se tampão caseoso, em 15/216 (7,0%) casos no verão e 6/199 (3,0%) no inverno. Observou-se 4/199 (2,0%) casos de abscessos intestinais na serosa, no período do inverno, observou-se o mesmo número de casos de pneumatose nos diferentes períodos. Circovirose foi observada em 2/216 (0,9%) casos no verão e 1/199 (0,5%) no inverno, com marcação imuno-histoquímica (IHQ) intracitoplasmática em macrófagos de linfonodos mesentéricos, e em um caso também de intestino delgado. Diagnosticou-se esofagostomíase em 1/216 (0,5%) casos no verão e 2/199 (1,0%) no inverno. Salmonelose foi observada apenas no inverno 3/199 (1,5%), com marcação na IHQ na superfície das vilosidades e em áreas de necrose intestinal.