A instrução da mocidade rio-grandina: o ensino secundário na cidade do Rio Grande/RS (1850-1889)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Aquino, Vanessa Barrozo Teixeira
Orientador(a): Tambara, Elomar Antonio Callegaro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/172192
Resumo: O presente estudo situa-se no âmbito da História da Educação e tem como objetivo central demonstrar como se desenvolveu o ensino secundário na cidade do Rio Grande/RS a partir da segunda metade do século XIX, de forma a abarcar outras demandas para além da formação para o ingresso no ensino superior. Desse modo, utilizamos como corpus documental os anúncios dos colégios e aulas particulares publicados na imprensa local, sobretudo, no jornal Diario do Rio Grande de 1848 a 1890, juntamente com Relatórios, Ofícios, Mapas, Estatutos, Catálogos, Anuários e Almanaques da Província, entre outros documentos. O intuito desta tese é comprovar que o ensino secundário rio-grandino estabeleceu um novo paradigma para a educação formal, consolidando-se como uma alternativa viável para a formação intelectual de outros grupos sociais que não almejavam o ingresso no ensino superior. O ensino secundário nesta cidade diferenciava-se justamente por redimensionar a sua finalidade neste período, possibilitando que outros públicos ascendessem socialmente por meio da instrução secundária Para corroborar com a presente tese analisamos a significativa oferta de instituições de ensino secundário presentes na cidade, ao longo do período analisado, sinalizando a existência de uma demanda local oriunda de determinados grupos sociais que tinham como objetivo manter certa situação de classe que seria responsável por consolidar e sustentar os interesses das gerações anteriores e, que também estavam voltados à ascensão social através da educação formal. Identificamos que esta formação intelectual, proporcionada pelo ensino secundário, não estava somente voltada ao ingresso no ensino superior, mas, sobretudo, a uma formação cultural e profissional que o ensino primário não contemplava e que precisava ser amparada através de novas ofertas de ensino que o setor público não conseguiu abarcar, e nem mesmo, rivalizar. Desse modo, conseguimos identificar, através de diferentes indícios, que a instrução secundária, de caráter laico e particular que se desenvolveu ao longo do período imperial, consolidou-se em função de diferentes necessidades da sociedade rio-grandina que não incluía apenas a preparação para os exames de preparatórios, mas também, a formação para atuar no comércio, na política e na docência.