Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Cristiane Raupp |
Orientador(a): |
Silveira, Rita de Cássia dos Santos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/230683
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Resumo: |
Introdução: Os antibióticos macrolídeos têm propriedades anti-inflamatórias e pressupõe-se que sejam capazes de inibir inflamação em múltiplos pontos na cascata inflamatória. Macrolídeos têm sido utilizados para o tratamento de infecção por Ureaplasma spp., e com a intenção de prevenir a displasia broncopulmonar em prematuros, sendo a Azitromicina a droga de melhor escolha. Objetivos: Avaliar o efeito anti-inflamatório da azitromicina na prevenção da lesão pulmonar induzida pela ventilação mecânica (VM) em recém-nascidos pré-termo de muito baixo peso através das dosagens das citocinas pré e pós uso da medicação. Secundariamente, Avaliar a associação entre a presença do Ureaplasma no sangue dos recém-nascidos prétermo e a resposta ao uso de azitromicina. Métodos: Ensaio clínico randomizado duplo-cego, placebo controlado, incluindo recém-nascidos (RNs) pré-termos que foram à ventilação mecânica invasiva nas primeiras 72 horas de vida. Os pacientes foram randomizados para azitromicina endovenosa (na dose de 10/mg/kg/dia por 5 dias) ou placebo (SF 0,9%) dentro das primeiras 12 horas do início da VM. Foram coletadas duas amostras de sangue (pré e após intervenção) para dosagens de interleucinas (ILs) e PCR para Ureaplasma. Os pacientes foram acompanhados durante a internação hospitalar para os desfechos óbito e DBP. (Identificador NCT03485703). Foram excluídos da amostra pacientes com malformações congênitas maiores ou síndromes cromossômicas, STORCH reagentes e filhos de mães portadoras do vírus HIV. Resultados: 80 prematuros randomizados, após 3 óbitos foram analisados 38 no grupo azitromicina 39 no grupo placebo. Peso e idade gestacional foram semelhantes. Níveis séricos de IL2 pré e pós azitromicina foram 1,67 ± 0,17 pg/ml e 1,64 ± 0,14 pg/ml (p=0,002); IL-6 pré 2,41 ± 0,73 pg/ml e pós 2,06 ± 0,41pg/ml (p=0,001); e IL8 pré 3,24 ± 0,44 pg/ml e pós 3,03 ± 0,34 (p=0,003). No grupo placebo níveis de IL-β (1,29 ± 0,39 pg/ml e 1,44 ± 0,23 pg/ml, 0,007) e IL-8 (2,90 ± 0,61 pg/ml e 3,16 ± 0,36 pg /ml) aumentaram significativamente após 5 dias de administração. Displasia broncopulmonar (DBP) presente em 43,8% (14) do grupo azitromicina e 75,9% (22) placebo (p = 0,018). Houve redução na incidência do desfecho DBP/morte nos prematuros que receberam azitromicina (52,4% vesus 84,6% no grupo placebo; p=0.003). Conclusão: Azitromicina apresenta efeitos antiinflamatórios com redução de citocinas após 5 dias de uso e reduz desfecho DBP/morte em prematuros ventilados. |