Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Strogulski, Nathan Ryzewski |
Orientador(a): |
Portela, Luis Valmor Cruz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/240118
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Resumo: |
O trauma cranioencefálico é definido como uma lesão mecânica ao tecido encefálico, que está amplamente associada à mortalidade, e consequências crônicas aos pacientes que sobrevivem; particularmente neurodegeneração e prejuízos cognitivos. Apesar de ser fundalmentamente uma lesão mecânica as consequências clínicas do TCE têm como substrato principal alterações metabólicas que são desencadeadas imediatamente após à lesão, e que se perpetuam e difundem pelo tecido cerebral. Este dano secundário ao trauma, altera funções celulares, impede a recuperação e conduz as células para um caminho de neurodegeneração apoptótica. Portanto, entender e desvendar os componentes destas abnormalidades pode proporcionar indicadores clínicos de prognóstico e respostas a terapias, assim como alvos terapêuticos contra os mecanismos neurotóxicos associados ao TCE. O principal dilema atual relacionado ao TCE grave é sua limitação em relação à disponibilidade de arsenais terapêuticos efetivos e biomarcadores prognósticos específicos. Considerando o papel das alterações metabólicas na patofisiologia do trauma e suas consequências a longo prazo, realizamos dois estudos: (1) Um estudo pré-clínico para explorar o potencial neuroprotetor da trealose, considerado um indutor de autofagia AMPK dependente, cujo impacto na bioenergética após o TCE grave ainda não foi explorado; (2) Um estudo clínico, para desvendar as alterações no catabolismo purinérgico e identificar assinaturas purinômicas de mortalidade e de desfecho neurofuncional a longo prazo em pacientes com TCE grave. As principais descobertas desta tese revelam que a suplementação com trealose levou à melhora da atividade do complexo mitocondrial I e II nos estágios agudo e subagudo de recuperação do TCE, concomitante à atenuação de marcadores de neurodegeneração e redução do prejuízo cognitivo. Também, demonstramos no líquido cefalorraquidiano de pacientes com TCE, assinaturas do trauma sobre as taxas de interconversão de purinas, e que os níveis extracelulares de GTP e Guanosina no líquor possuem respectivamente, valor preditor de mortalidade a curto prazo e de desfechos clínicos funcionais desfavoráveis em longo prazo. |