Comunicação pública, ética amorosa e experiência feminista: redes de enfrentamento da violência e insurgência da vida em Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Barfknecht, Taíse Souza
Orientador(a): Weber, Maria Helena
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/265395
Resumo: Esta dissertação aborda o enfrentamento da violência de gênero a partir da análise de sete instituições em Porto Alegre: Casa de Referência da Mulher – Mulheres Mirabal; Clínica Feminista na perspectiva da Interseccionalidade (CliFI); Coletivo Nós, seguras; GRITAM – Grupo Interdisciplinar de Trabalho e Assessoria Jurídica para Mulheres; Patrulha Maria da Penha; Projeto Gradiva; e Themis – Gênero, Justiça e Direitos Humanos. Para tanto, a investigação considera que o enfrentamento da violência ocorreu, desde o início, em redes permeadas por processos de comunicação. A pesquisa visa investigar as possíveis contribuições da comunicação pública em instituições que atuam para interromper a violência contra as mulheres e promover a vida em Porto Alegre. Os procedimentos metodológicos consistem em pesquisa exploratória sobre o contexto de violências; mapeamento histórico-descritivo de acontecimentos relacionados ao enfrentamento da violência; e estudo de caso das instituições mapeadas. O trabalho divide-se em quatro partes que operam da morte para a vida, e da vida para as redes de comunicação. A Parte I, Corpo-Morte, aborda o contexto sóciohistórico e as implicações da violência de gênero (BANDEIRA, 2014; BIROLI e MIGUEL, 2014; BUTLER, 2018; GAGO, 2020; hooks, 2019; MACHADO; 2010; SEGATO, 2012). A Parte II, Corpo-Vida, apresenta as contribuições da teoria e prática feministas no enfrentamento da violência (CARRERA, 2021; CRENSHAW, 2002; hooks, 2020; PINTO, 2003). A Parte III, Corpo-Rede, destaca o potencial da comunicação pública (ESTEVES, 2011); MAIA, 2008; WEBER e LOCATELLI, 2022) e das redes de comunicação pública (WEBER, 2017) para manter o tema no debate público e desenvolve uma análise inicial das instituições mapeadas. Por fim, a Parte IV, Rede de enfrentamento da violência e insurgência da vida (Reviva), submete as instituições às categorias de análise da comunicação pública e dos estudos feministas. Os resultados deste estudo demonstram a importância de uma atuação integrada e interdisciplinar no enfrentamento da violência de gênero e propõem que redes de comunicação pública pautadas pela ética amorosa (hooks, 2020) representam uma contraproposta ao poder hierárquico baseado na opressão.