Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Simionato, Deborah Mondadori |
Orientador(a): |
Maggio, Sandra Sirangelo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/211448
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Resumo: |
O presente trabalho propõe uma análise do processo de formação, ou coming of age, feminino em quatro romances do século dezenove que se passam na Inglaterra, com o propósito de verificar como tal processo está intrinsicamente ligado à exploração do próprio espaço pessoal, seja ele físico, social ou metafórico. Formam o corpus dessa pesquisa os romances Pride and Prejudice (1813) e Mansfield Park (1814), de Jane Austen, ambos publicados durante o Período Regencial (1811 – 1820); Jane Eyre (1847), de Charlotte Brontë e North and South (1854), de Elizabeth Gaskell, publicados durante as primeiras décadas do Período Vitoriano (1837 – 1901). Os romances são pareados devido a suas semelhanças: Mansfield Park e Jane Eyre; Pride & Prejudice e North & South. A análise desses dois pares permite que paralelos sejam traçados entre os dois períodos do século XIX em que eles foram produzidos, focando na vida dessas protagonistas femininas criadas na primeira metade do século, especialmente considerando os espaços que elas podem ou não ocupar, e como elas navegam esses espaços; oferecendo, assim, uma janela através da qual pode-se observar a vida no século XIX. O presente estudo começa com Austen, no Período Regencial, e continua através das primeiras décadas do longo Período Vitoriano, examinando os mundos fictícios e personagens criados por essas três escritoras, além de examinar os espaços físicos, sociais e metafóricos em que as personagens mulheres circulam – ou não circulam. Além de analisar a transição das protagonistas para a idade adulta, o presente estudo tem como objetivo olhar para a relação delas com suas casas, e para como o processo de se tornar adulto, de crescer, está intrinsicamente ligado ao processo de encontrar um lar, um lugar ao qual se pertença. Isso é feito com o suporte de pensadores como Mary Poovey, Leonore Davidoff e Catherine Hall, entre outros, cujo entendimento de como a sociedade funcionava na Inglaterra do século XIX são ferramentas valiosas para possibilitar as análises empreendidas nessa tese. Visando contribuir para com os estudos e a fortuna crítica das três autoras, através da análise dos romances selecionados e suas protagonistas, essa pesquisa pretende entender o que significava para mulheres crescer nas primeiras décadas do século XIX: como essas mulheres lidavam com a ideologia das esferas separadas; como elas questionavam o status quo e o ideal do anjo do lar, a fim de atingir seus objetivos, ou como elas aceitavam tais ideais; e finalmente como essas representações femininas criadas por escritoras seguem influenciando movimentos sociais e literários até hoje. |