Estudo sobre parafilias e a necessidade de programas de prevenção ao abuso sexual no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Dias, Gabriel Furian
Orientador(a): Lobato, Maria Inês Rodrigues
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/247568
Resumo: A violência sexual pode acarretar diversos agravos e danos na saúde mental das vítimas. Os números relativos ao abuso sexual no Brasil são alarmantes. Por outro lado, a literatura sobre transtornos parafílicos, especialmente sobre as características demográficas e a epidemiologia dos seus portadores, é escassa no Brasil. Por esta razão, o presente estudo tem como proposta inicial conhecer o perfil epidemiológico e avaliar a presença do diagnóstico de transtornos parafílicos (TP) em duas etapas. A primeira, é a descrição de um estudo de caso sobre um paciente internado em uma unidade psiquiátrica no Rio Grande do Sul, em que se verificou o diagnóstico de transtornos parafílicos, mais especificamente pedofilia, o impacto pessoal e social desse transtorno e a necessidade de programas que objetivem tratamento dos portadores de transtornos parafílicos visando a prevenção do abuso sexual no Brasil, inspirados em outros programas existentes no mundo, como na Alemanha e na Índia. A avaliação da presença de fantasias e comportamentos parafílicos foi realizada com o auxílio de um inventário para rastreio, desenvolvido pelo Institute for Sexology and Sexual Medicine Charité. A partir desse caso, será também apresentado a primeira parte da exequibilidade da versão em português brasileiro deste questionário com planos de desenvolver o estudo com mais indivíduos assim que houver condições de retomada da segunda parte do projeto. A segunda etapa corresponde à futura avaliação do perfil epidemiológico e do diagnóstico de transtornos parafílicos da população privada de liberdade condenada por delitos sexuais em duas penitenciárias da Superintendência de Serviços Penitenciários (SUSEPE), uma na cidade de Porto Alegre e outra em Canoas, utilizando critérios convergentes da CID-11 e DSM-5. Comitê de Ética Médica em Pesquisa (CEP) aprovou a realização dessa pesquisa em 20/02/2020 e, antes disso, após uma série de reuniões, as penitenciárias envolvidas permitiram a presença de pesquisadores no interior de suas instituições. No entanto, com a declaração da Pandemia de COVID-19 pela Organização Mundial de Saúde menos de um mês após, o projeto foi adiado e está previsto para reiniciar neste ano.