Avaliação da atividade antitumoral do extrato de Achyrocline satureioides

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Souza, Priscila Oliveira de
Orientador(a): Moreira, Jose Claudio Fonseca
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/185046
Resumo: Glioblastoma multiforme é um câncer do sistema nervoso central agressivo e invasivo. Apesar dos avanços terapêuticos com cirurgia, radiação e quimioterapia, o tempo de sobrevida média permanece reduzido. Os polifenóis têm sido relatados por apresentarem várias atividades biológicas, incluindo atividade anticâncer. Nesse estudo, foi avaliada a potencial atividade antiglioma do extrato de Achyrocline satureioides (marcela) e seus principais flavonoides em modelos de glioblastoma in vitro e in vivo. O extrato de A. satureioides (100 μg/mL) assim como os flavonoides isolados (quercetina, 3-O-metilquercetina, luteolina e achyrobichalcona; em 10 μM ou doses menores) reduziram a proliferação de três linhagens celulares de glioma (C6, U87 e U251). A combinação do extrato de A. satureioides com temozolomida (TMZ) demonstrou elevada atividade antiproliferativa comparada com o quimioterápico sozinho em uma menor concentração (50 μg/mL). Cabe ressaltar que nenhuma toxicidade foi observada nas células sadias do cérebro (astrócitos primários, neurônios primários e culturas organotípicas de fatias do hipocampo) na concentração que afetou as células de gliomas. Entretanto, a administração do extrato de A. satureioides no modelo tumoral em ratos não apresentou o mesmo efeito conforme observado in vitro. Além disso, ele foi capaz de bloquear o efeito do TMZ. Esses resultados geram preocupação uma vez que extratos de plantas poderiam afetar a atividade de fármacos anticâncer, especialmente considerando que o chá de marcela é amplamente consumido pela população da América do Sul e indicado para alívios de sintomas como dores de cabeça e náuseas. Portanto, mais estudos in vivo usando os flavonoides isolados são necessários para investigar a potencial atividade antiglioma observada in vitro.