Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Dutra, Camila Arguello |
Orientador(a): |
Gauer, Gustavo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/181059
|
Resumo: |
O esquecimento intencional pode cumprir uma função estratégica no sistema cognitivo, que permite aos indivíduos não pensar sobre acontecimentos indesejados do passado, tais como eventos traumáticos, dolorosos e violentos, dos quais se prefere não recordar. Enquanto esquecer involuntariamente é uma falha da lembrança, por outro lado, esquecer intencionalmente parece ser uma função estratégica da memória. A presente dissertação teve por objetivo investigar os mecanismos neurocognitivos que contribuem para o esquecimento de memórias. A dissertação se organizou em dois estudos. O primeiro estudo consiste em uma revisão sistemática de artigos empíricos publicados nos últimos dez anos sobre a supressão de memórias indesejadas. O segundo estudo é um ensaio empírico, no qual foi executado um experimento adaptado do paradigma Think/No-Think com a utilização de marcadores eletrofisiológicos de eletroencefalograma. Participaram do experimento 22 sujeitos, alocados aleatoriamente em dois grupos com estratégias distintas de esquecimento: Supressão de memória e substituição de pensamentos. Durante toda a tarefa experimental, os participantes tiveram dados de EEG continuamente gravados. Os resultados decorrentes do ensaio empírico estão de acordo com os achados da literatura, indicando que a positividade parietal em torno de 400-800ms após a apresentação do estímulo é um marcador de lembrança consciente durante a recuperação de memória. Apenas na estratégia de supressão de memória houve uma redução da positividade centro-parietal durante o esquecimento, entre 450 e 700ms após apresentação do estímulo. Além disso, uma maior deflexão no componente N2 durante a supressão é um preditor de esquecimento induzido. Os achados indicam que é possível mapear o sistema neurocognitivo subjacente à supressão de memórias. |