Análise das dinâmicas econômica, social e ambiental da carcinicultura no Estado do Rio Grande do Norte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Mattos, Paloma de
Orientador(a): Padula, Antonio Domingos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/8945
Resumo: A carcinicultura potiguar está sob forte pressão das organizações governamentais e principalmente não governamentais, que associam a destruição de ambientes naturais à expansão das áreas de produção de camarão. Este trabalho visa caracterizar e avaliar o setor de carcinicultura no Rio Grande do Norte, identificando a dinâmica econômica, social e ambiental do setor, a partir da análise da conduta econômica, social e ambiental, frente às pressões da estrutura de mercado em que operam. Para isso, utiliza o modelo ECP-Triplo de estrutura, conduta e performance, onde as empresas submetidas a pressões econômicas, sociais e ambientais em sua estrutura industrial adotam uma conduta econômica, social e ambiental para obter resultados também tríplices na performance econômica, ambiental e social. Foi realizada uma pesquisa quali-quantitativa, por meio da aplicação de um questionário estruturado e entrevistas. O questionário foi aplicado em 21 empresas nas zonas homogêneas das regiões Agreste, Mossoroense, Litoral Norte e Litoral Oriental do estado do Rio Grande do Norte. A pesquisa coletou dados junto a proprietários, diretores, gerentes e responsáveis por unidades de laboratório de pós-larva, fazendas de engorda e processamento / beneficiamento que compõem os principais elos da cadeia produtiva do camarão cultivado. A análise dos resultados demonstra que a indústria de cultivo de camarões no Rio Grande do Norte apresenta a maior produção no Brasil, porém, ainda falta a aplicação de condutas econômicas, sociais e ambientais adequadas para suportar as pressões da estrutura da indústria. Conclui-se que a descapitalização do setor, a demora na concessão das licenças necessárias para a implantação e ampliação das fazendas, a falta de incentivos governamentais, a pressão por parte das organizações não governamentais, a falta de ambiente cooperativo entre as empresas, a ausência de políticas públicas de incentivo à produção, os juros altos e a elevada carga tributária são alguns dos fatores que vêm prejudicando o desenvolvimento da carcinicultura no estado do Rio Grande do Norte. As instituições de pesquisa, juntamente com a Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC) e os governos federal, estadual e municipal precisam definir uma forma de exploração sustentável do ecossistema manguezal e elaborar políticas ambientais específicas para a carcinicultura. Enfim, é necessária, a implantação e utilização de uma conduta ambiental e socialmente responsável como estratégia para que a carcinicultura potiguar alcance níveis de excelência e prosperidade, mantendo uma vantagem competitiva permanente.