Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Tietboehl, Lúcia Karam |
Orientador(a): |
Tittoni, Jaqueline |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/148292
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Resumo: |
Este estudo tem como tema os movimentos sociais contemporâneos, em especial aqueles que utilizam a ocupação dos espaços públicos como estratégia de resistência. A partir de 2011, novas formas de insurgência tomaram as ruas em diferentes países e continentes. Guardadas as diferenças locais que marcaram estes encontros populares, tem-se a estratégia de ocupação do espaço público como linha que transversaliza essas expressões. A ocupação, nestes moldes, toma visibilidade e importância diferenciadas, configurando-se como uma expressão própria deste tempo. No acompanhamento de coletivos que se organizam pela ocupação do espaço público na cidade de Porto Alegre, foram mapeados as formas de subjetivação que estão envolvidas nesta nova modalidade de articulação política. Ao perguntar-me se este é um modo de resistência às formas subjetivantes hegemônicas, atento para as práticas que dão um caráter singular a estes fenômenos urbanos, analisando quais potências de invenção estão em jogo nestes processos. A noção de “ética do cuidado de si”, proposta por Michel Foucault, é um interessante articulador do pensamento para pensar sobre estas possibilidades éticas e políticas. No campo dos movimentos sociais e da atitude crítica coletiva torna-se pertinente a problematização do poder e da liberdade, temas sobre os quais Foucault também olha de maneira muito especial. Tomo como ponto de partida uma contextualização dos movimentos de ocupação dos espaços públicos e suas condições de possibilidade, em âmbito internacional e na cidade de Porto Alegre, para apresentar as duas linhas que, ao enredarem-se, compõem os modos de politizar-se que pretendo colocar em análise: a linha da ocupação do público e os modos de ocupação de si. A experiência de pesquisar se deu a partir do lugar de militante e, a partir dela, foram mapeados alguns efeitos destes novos encontros, na cidade e para os sujeitos que ocupam, atentando para as possibilidades de constituir uma militância ligada a modos de fazer éticos. |