Investigação dos efeitos dos metabólitos acumulados na deficiência da sulfito oxidase sobre o metabolismo energético e a homeostase redox em hipocampo, estriado e cerebelo de ratos jovens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Alvorcem, Leonardo de Moura
Orientador(a): Leipnitz, Guilhian
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/203746
Resumo: A deficiência da sulfito oxidase (SO) é uma doença neurometabólica causada por uma deficiência isolada da enzima ou por defeitos na síntese do cofator molibdênio. Os pacientes apresentam sintomas neurológicos graves, cuja fisiopatologia não está totalmente esclarecida. No presente trabalho foram avaliados os efeitos in vitro do sulfito e do tiossulfato, metabólitos acumulados nessa deficiência, sobre as atividades das enzimas creatina quinase (CK) e acetilcolinesterase (AChE), e sobre a homeostase redox em hipocampo, estriado e cerebelo de ratos jovens. Também estudamos os efeitos in vivo de uma injeção intrahipocampal de sulfito sobre os mesmos parâmetros. Nos experimentos in vitro, sobrenadantes de hipocampo, estriado e cerebelo foram expostos ao sulfito ou tiossulfato (1-500 μM) durante 1 h a 37 C e, após essa incubação, os parâmetros bioquímicos foram determinados. Nossos resultados mostraram que o sulfito e o tiossulfato diminuíram a atividade da CK, e que o sulfito aumentou os níveis de malondialdeído (MDA) em todas as estruturas encefálicas. A diminuição da atividade da CK e o aumento dos níveis de MDA induzidos pelo sulfito foram prevenidos pelo tratamento com os antioxidantes melatonina e resveratrol. Também observamos que apenas o tiossulfato foi capaz de diminuir a atividade da AChE em hipocampo. Em relação ao sistema antioxidante, o sulfito aumentou as concentrações de glutationa reduzida (GSH) em hipocampo e estriado. Além disso, o sulfito diminuiu a atividade da glutationa peroxidase (GPx) em todas as estruturas encefálicas, da glutationa S-transferase em hipocampo e cerebelo, e da glutationa redutase (GR) em cerebelo. Nos experimentos in vivo, os parâmetros foram analisados 30 min após a administração intrahipocampal do metabolito sulfito (2,5 μmol). De forma interessante, o sulfito aumentou a atividade da superóxido dismutase, sem alterar as atividades da GPx, GR e da CK. O metabólito também não alterou as concentrações de GSH, o conteúdo de sulfidrilas e os níveis de MDA. Pode ser sugerido que um prejuízo na transferência de energia, na homeostase redox e na atividade da AChE são patomecanismos importantes envolvidos no dano encefálico observado nos indivíduos com a deficiência da SO.