Associação dos polimorfismo do gene da adiponectina e CCL5 com desenvolvimento de diabete melito pós-transplante renal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Nicoletto, Bruna Bellincanta
Orientador(a): Gonçalves, Luiz Felipe Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/67527
Resumo: Introdução: O diabetes melito pós-transplante (DMPT) é uma complicação comum em transplantados renais e está associada a desfechos desfavoráveis. Tanto a adiponectina como a quimiocina ligante 5 (CCL5) têm relação com o metabolismo da glicose, o que permite supor que polimorfismos nesses genes possam levar ao desenvolvimento de DMPT. Objetivo: Verificar a associação dos polimorfismos do gene da adiponectina e da CCL5 com DMPT em transplantados renais caucasianos. Métodos: Trata-se de um estudo caso-controle aninhado a uma coorte de transplantados renais do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Duzentos e setenta transplantados renais caucasianos (83 com DMPT e 187 sem DMPT), com pelo menos um ano de transplante, foram incluídos no estudo. Pacientes com diabetes melito pré-transplante e com múltiplos transplantes de órgãos foram excluídos. O diagnóstico de DMPT foi realizado através dos critérios da Associação Americana de Diabetes. Dados sócio-demográficos e clínicos foram coletados. A genotipagem dos polimorfismos 276G/T (rs1501299) do gene da adiponectina e dos polimorfismos rs2280789 e rs3817665 do gene da CCL5 foi realizada pela técnica de discriminação alélica por PCR (polymerase chain reaction) em tempo real. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HCPA e todos os pacientes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: O genótipo TT do polimorfismo 276G/T do gene da adiponectina foi mais frequente nos pacientes com DMPT do que naqueles sem diabetes, em comparação aos genótipos GG/GT (modelo recessivo; p=0,031). O genótipo TT foi identificado como fator de risco independente para o DMPT em transplantados renais caucasianos, no modelo ajustado para as variáveis: idade no momento do transplante, índice de massa corporal pré-transplante e uso de tacrolimus (TT vs. GG/GT, HR=1,88 IC95% 1,03-3,45, p=0,041). Não houve diferença na distribuição dos genótipos e alelos dos polimorfismos rs2280789 e rs3817655 do gene da CCL5 entre os pacientes com e sem DMPT. Conclusões: O polimorfismo 276G/T do gene da adiponectina está associado ao DMPT em transplantados renais caucasianos.