"Para Porto Alegre ver" : ensino de História, memória e patrimônio na Ilha Grande dos Marinheiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Trindade, Tatiana
Orientador(a): Perussatto, Melina Kleinert
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/282458
Resumo: Esta pesquisa trata das possibilidades da educação patrimonial no Ensino de História, sob a ótica de uma Nova Pedagogia do Patrimônio. Pretende responder ao questionamento: Como as referências culturais da Ilha Grande dos Marinheiros e do bairro Arquipélago, em Porto Alegre, mobilizam aprendizagens com os estudantes da EJA no ensino de História? Para isso, propõe-se uma atividade de educação patrimonial, a partir da metodologia dos inventários participativos do Iphan. Nessa atividade, os alunos selecionam e pesquisam os patrimônios culturais locais, e desenvolvem fichas sobre os bens culturais selecionados. Utilizando essas fichas, os estudantes produzem uma narrativa histórica sobre o lugar em que vivem, que se materializa na construção de um livro artesanal. O principal objetivo é discutir as possibilidades da educação patrimonial para a construção de currículos coerentes com a realidade dos diferentes contextos sociais dos estudantes da EJA da Ilha Grande dos Marinheiros. Além disso, pretende contribuir para aumentar a visibilidade do arquipélago nas discussões acadêmicas, reforçando a pouca bibliografia disponível sobre a região; reforçar os laços de identidade e de protagonismo da comunidade como forma de emancipação; e desenvolver com os estudantes o sentido de produção e de pertencimento ao processo histórico. Essa proposta permite que os estudantes construam o conhecimento histórico a partir da sua localidade, bem como proporciona uma possibilidade de que assumam o controle da narrativa sobre si mesmos, uma narrativa em primeira pessoa sobre a cultura e a história do lugar em que vivem e da comunidade a que pertencem. Essa produção precisou ser flexibilizada no momento final de elaboração do trabalho em sala de aula, quando duas grandes enchentes se impuseram enquanto demanda curricular. Os estudos sobre referências culturais se voltaram à relação da comunidade com as águas que a cercam e as inundações. Seus relatos se transformaram em um pequeno livro de memórias, espaço de fala, escuta e registro da narrativa de suas experiências.