Violência e tragédia : a arte na margem do dizível

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Godoy, Vinícius Oliveira
Orientador(a): Sousa, Edson Luiz Andre de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Art
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/10564
Resumo: A arte conheceu durante o século XX algumas mudanças cruciais que tocaram os limites do que até então era considerado como artístico. Partindo da mímesis tradicional, buscou sua negação e voltou a ela através de uma busca cada vez mais radical da própria realidade, no limite de uma ruptura com as categorias tradicionais de mímesis/representação. Examinando o trabalho de Duane Hanson, Damien Hirst, Gunther von Hagens e Rudolf Schwarzkogler, o presente trabalho procura investigar este apelo ao real, por meio da apresentação cada vez mais evidente do corpo e do uso da violência a este corpo como operação para alcançar o real. Paralela a este encontro com o real através da violência ao corpo, mostra-se através da obra de Iberê Camargo, uma segunda alternativa, que aqui é interpretada como trágica. A tragédia surge nesta dissertação como contraponto à busca de um real que, em seu excesso violento e traumático, perde as características representativas e enunciativas (em seu modo particular de enunciação, ou seja, a criação de metáforas através da representação artística) que até então haviam caracterizado a arte. Como conceito eminentemente artístico, e dentro dos limites da representação, a tragédia apresenta-se como metáfora da última fase do trabalho de Iberê Camargo, produzida a partir da década de 1980 e tendo como singularidade o retorno à representação figurativa.