Resumo: |
O presente estudo teve como objetivo investigar a simplificação dos seguintes ataques silábicos de dois membros por aprendizes de inglês de nível intermediário falantes de português brasileiro: s + plosivas surdas, /sp/, /st/ e /sk/, como em spot, stoly e sky, s + liquida /l/, como em slow, e s + nasais bilabial e palatal, respectivamente, /sm/ e /sn/, como em small e snow. Tomamos como base os trabalhos de ECKMAN (1977, 1981 a e 1991), os quais trabalham com a noção de que universais linguísticos como a marcação são fatores que influenciam a aquisição de L2. A teoria fonológica adotada é a teoria da sílaba de CLEMENTS (1990). Nossa hipótese era a de que os clusters mais marcados /sp/, /st/ e /sk/ causariam um número maior de modificações que os demais, e que os clusters contendo nasais /sm/ e /sn/, por sua vez, causariam um número maior de modificações que o cluster contendo uma líquida, /sl/. O estudo levou em consideração os seguintes ambientes fonológicos precedentes: as vogais /u:/, /ou/ e /o/, a líquida /l/ e a nasal velar /n/, como em do, no, saw, feel e making. A hipótese era e de que o ambiente consonantal causaria um número maior de modificações que o ambiente vocálico. O processo de modificação silábica que esperávamos que ocorresse era o de epêntese. Seguindo a metodologia de CARLISLE (1997), elaboramos um instrumento de elicitação de dados que consistiu de uma lista de trinta frases contendo os clusters e os ambientes listados acima. Os resultados revelaram o seguinte; a) nenhuma diferença nas taxas de modificação entre os clusters sC foi encontrada, contrariando a hipótese de que haveria alguma hierarquização nas modificações realizadas; b) o ambiente vocálico causou um número maior de modificações que o consonantal, c) o processo utilizado na modificação dos clusters foi o de inserção de vogal epentética antes do cluster (prótese), não tendo ocorrido nenhuma instância de apagamento ou de inserção de vogal epentética dentro do cluster alvo. |
---|