Tempo, terra, a terra do meu tempo : questões de topofilia, identidade e memória, em Cora Coralina e Zeca Preto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Nascimento, Cleo Amorim
Orientador(a): Neumann, Gerson Roberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/266789
Resumo: Na literatura observamos um campo de atuação multilógico que possibilita as mais distintas lógicas interpretativas (ETTE, 2016). Ela une espaço e tempo numa dialética polissêmica que dispõe aos leitores a capacidade de identificarem-se com os mais variados contextos dispostos nos textos literários, sobretudo na poesia, por abrigar em seu cerne a essência do SaberViver/Vivenciar. Cora Coralina e Zeca Preto são poetas que usam temas de seus lugares (Goiás e Roraima) em suas composições, ou seja, ambos produzem poemas que refletem traços de seus lugares, suas vivências e memórias, e nisso consiste a proximidade entre seus textos poéticos no que se refere ao sentimento topofílico que marca a essência dos sujeitos dispostos nos poemas. Embora publicados em regiões bastante distintas geograficamente, esses textos descrevem subjetivamente paisagens, revelam apegos, bem como suscitam sentimentos que possibilitam identificações e pertencimento às histórias dispostas em seus versos, sem que necessariamente o leitor de suas obras pertença especificamente a nenhum dos dois lugares. Encontramos na literatura comparada um leque de observações que nos permite uma mais eficiente conexão com as literaturas do mundo. Nesse sentido, essa pesquisa utilizou-se dos métodos dos estudos literários comparados para alcançar o objetivo de analisar como a relação sujeito-tempo-lugar, pensada a partir dos conceitos de "espaço", "lugar" e "topofilia", pode contribuir/influenciar na constituição/afirmação de identidades, considerando a mediação da memória nesse processo, tomando como base os textos poéticos de Cora Coralina e Zeca Preto. Para tanto, a pesquisa teve como âncoras teóricas Carvalhal, Claval, Ette, Tuan , Bergson, Halbwachs, entre outros.