Análise de expressão de microRNA em pacientes com Transtorno do Espectro do Autismo : a relação do comportamento fenotípico com alterações epigenéticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Vaccaro, Tamara da Silva
Orientador(a): Souza, Diogo Onofre Gomes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/229882
Resumo: O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um grupo heterogêneo de desordens do desenvolvimento neurológico, caracterizado por prejuízos na comunicação e interação social e padrões repetitivos e estereotipados de comportamento. O diagnóstico clínico é avaliado apenas por entrevistas com os pais. A heterogeneidade deste transtorno é gerada por fatores genéticos e ambientais que desempenham um papel vital na predisposição dos indivíduos para o TEA com diferentes níveis de comprometimento. As alterações epigenéticas têm sido amplamente estudadas em doenças psiquiátricas. MicroRNAs (miRNAs) surgiram recentemente como reguladores epigenéticos importantes em uma variedade de processos celulares. O objetivo deste estudo foi avaliar a expressão de alguns microRNAs (miRNAs) e correlacionar com vias bioquímicas em pacientes com TEA e em modelo animal de TEA. Nos pacientes com TEA, de um total de 26 miRNAs, sete foram estatisticamente alterados em pacientes quando comparado com o grupo controle: miR34c, miR92a-2, miR145 e miR199a têm aumento na expressão em pacientes enquanto os miR27a, miR19-b e miR193a estão reprimidos nos pacientes. Este estudo ainda mostra uma correlação de expressão de 4 miRNAs, miR34c, miR145 e miR199a e miR193a, em ambos os grupos (pacientes e do modelo animal de TEA). Os principais alvos, dos miRNAs, que estão reprimidos contribuem com o fenótipo encontrado no TEA são Sirtuína 1, HDAC2 e MeCP2. Além disso, este trabalho mostra algumas semelhanças na expressão de miRNAs alterados entre as duas espécies. É importante ressaltar o papel do miR34c que está intimamente ligado ao Transtorno de Ansiedade. Isto sugere que existe uma alteração epigenética no TEA que é persistente e conservada entre espécies, induzindo, possivelmente, o comportamento ansioso nos pacientes. Além de um perfil de expressão de microRNA como um possível marcador biológico, tanto diagnóstico quanto prognóstico, este estudo mostra uma possibilidade terapêutica para o tratamento da ansiedade em pacientes com TEA.