Altenativas para indução da atividade cíclica ovariana em vacas de corte no pós-parto.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Borges, Joao Batista Souza
Orientador(a): Gregory, Ricardo Macedo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/281795
Resumo: Durante quatro temporadas reprodutivas de primavera-verão, em um estudo envolvendo 1346 vacas de corte com cria ao pé em propriedades no Estado do Rio Grande do Sul, foram testados diferentes protocolos de terapias hormonais à base de progestágenos, estrógenos e GnRH associados ao desmame temporário ou comparados com a prática de desmame precoce aos 70 dias. Esta tese apresenta quatro artigos que estudam a condição acíclica pós-parto em vacas de corte criadas extensivamente, testando alternativas de controle da amamentação e terapias hormonais para o restabelecimento da atividade reprodutiva. No Artigo 1, foram comparados os efeitos determinados pelo desmame temporário associado (NOR, n= 29) ou não (DT, n= 38) ao tratamento com Norgestomet e Valerato de estradiol na indução de estros e na fertilidade em vacas de corte com cria ao pé com moderado escore de condição corporal. As manifestações de períodos curtos de liberação de progesterona foram estudadas após o estro induzido. Foi observada uma diferença significativa (p<0,05) na taxa de indução de estros em favor do grupo NOR (75,8%) em relação ao grupo DT (26,3%). As taxas de ovulação de 63% e 60%, de prenhez no primeiro estro de 36% e de 20% bem como de prenhez no período reprodutivo de 51,7% e 44,7 não diferiram estatisticamente (p>0,05) entre os grupos. O grupo NOR apresentou menor incidência(27,2%) de atividade lútea reduzida, diferindo estatisticamente (p<0,05) do observado (40%) nas vacas não tratadas. O Artigo 2 avaliou a fertilidade das ovulações induzidas em vacas de corte acíclicas com cria ao pé que foram tratadas com Norgestomet e Valerato deestradiol, sendo inseminadas a tempo fixo (IA TF, n= 60) ou de acordo com a manifestação de estro (lACE, n= 57), após a remoção dos terneiros por 72 horas. O grupo CONTROLE (n= 60) foi constituído de vacas que tiveram seus terneiros desmamados por 72 horas e permaneceram com touros durante 60 dias. Não houve diferença estatística (p>0,05) entre os índices de concepção do grupo IATF (45%) e do grupo IACE (55%). Foi verificada diferença estatística (p<0,05) entre os índices de prenhez dos grupos IATF (45%) IACE (26,3%). Ao final do período reprodutivo, as taxas de prenhez dos grupos IATF (55%), IACE (57,9%) e do CONTROLE (50%) não diferiram entre si (p>0,05). No Artigo 3, foram testados três protocolos utilizando um dispositivo intravaginal contendo progesterona (CIDR), benzoato de estradiol e GnRH para IATF ou IACE em vacas de corte com cria ao pé acíclicas. As vacas submetidas a IATF foram subdivididas em dois grupos. As vacas do grupo 1 (n=60) e do grupo 2 (n=,57) foram inseminadas entre 48 e 52 horas após a retirada do CIDR. As vacas do grupo 1 receberam uma aplicação de 50 mcg de Gonadorelina, intramuscular, no momento da IA. As vacas do grupo 3 (n=60) tiveram seus estros controlados por 5 dias, sendo inseminadas 12 horas após o seu início. As taxas de prenhez de 48, 54 e 51%, respectivamente, não diferiram entre os grupos (p>0,05). No Artigo 4, foram observados os efeitos do desmame precoce aos 70 dias ou do tratamento com CIDR e benzoato de estradiol para inseminação de vacas de corte. As vacas que receberam tratamento hormonal (IATF, n= 115) foram inseminadas a tempo fixo 54 a 56 horas após a retirada do CIDR, permanecendo em monta natural por mais 45 dias. O grupo de vacas que teve os temeiros desmamados definitivamente (IADP, n= 126) teve o estro controlado por 25 dias para IA e depois permaneceu com touros por 30 dias. O grupo CONTROLE (n= 684) era formado por vacas que permaneceram com os temeiro ao pé e tiveram um período de reprodução de 90 dias com touros. A taxa de concepção após uma IA foi significativamente (p<0,05) maior para as vacas do grupo IADP (74%) em relação ao grupo IATF (52%), mas as taxas de prenhez de IA de 59% e 52%, respectivamente, não diferiram estatisticamente (p>0,05). Ao final do período reprodutivo, as taxas de prenhez de 65, 85 e 46% para os grupos IATF, IADP e CONTROLE diferiram significativamente entre si (p<0,05).