Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Guarnieri, Jaqueline Miotto |
Orientador(a): |
Martins, Aline Blaya |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/284748
|
Resumo: |
O objetivo deste estudo foi analisar o processo histórico de vulnerabilização do território da Grande Cruzeiro, de Porto Alegre, e as consequências da pandemia na perspectiva de quem vive nele, bem como as estratégias de (res/ex)istências criadas para enfrentamento. Como percurso metodológico, optamos por um trabalho qualitativo e como instrumentos de coleta de dados utilizamos um roteiro de entrevista individual semiestruturado e registros fotográficos e em diários de campo das vivências no território. Ao todo foram realizadas nove entrevistas e a seleção dos participantes se deu pela técnica conhecida como Bola de Neve. Foi realizada a análise de conteúdo e a interpretação das informações foi construída à luz de contribuições de autores imprescindíveis, o que inclui desde os pensadores da periferia até os clássicos do materialismo histórico-dialético, comprometidos com uma compreensão crítica e emancipatória do mundo. Resultados e discussão: Embora ao longo do tempo o movimento comunitário tenha conseguido avanços, evidenciaram-se violações de direitos da população, que vive sob ameaças de políticas gentrificadoras. Sem políticas efetivas para amenizar o impacto da pandemia sobre a situação econômica e possibilitar garantias mínimas, o desemprego e a insegurança alimentar agravaram a situação das famílias. Na contramão disso, identificamos diversas ações solidárias construídas pelo próprio movimento comunitário do território que foram fundamentais para mitigar o sofrimento. Considerações: As ações do movimento comunitário, mesmo insuficientes para superar a lógica capitalista, constituíram experiências autênticas de autogestão e autodefesa do território. Contribuições para a área da saúde coletiva: Este estudo reforça a denúncia da necessidade de se buscar uma nova forma de ordem social, uma vez que os reformismos e conciliações entre classes foram insuficientes para superar as contradições históricas, exacerbadas pela pandemia e que atravessam a Grade Cruzeiro. O estudo apontou inúmeros desafios à saúde coletiva neste cenário. Todavia, também mostrou que houve (e há) o esperançar que só quem marcha ao lado e/ou junto da organização e da luta popular compreende. Este parece ser o lugar da saúde coletiva. |